Sim, a bacteriúria assintomática na gestante tem indicação formal de tratamento com antimicrobianos. Para o tratamento, pelo fato óbvio de que um fármaco poderá trazer complicações e/ou alterações na formação do embrião, a maioria dos ensaios clínicos que avaliou o uso de qualquer fármaco, normalmente não incluiu as gestantes. Atualmente existe pouca informação sobre a segurança dos novos antibióticos em grávidas. O uso de determinado antibiótico na gravidez geralmente advém de evidências indiretas (estudos em animais) ou de estudos observacionais. Mesmo assim o tratamento deve ser orientado pelo antibiograma e a escolha deve levar em consideração a segurança do antimicrobiano e a fase da gestação. As potenciais opções incluem: betalactâmicos, nitrofurantoína e fosfomicina; Amoxicilina – 500mg VO de 8/8 horas ou 875mg VO de 12/12 horas por três a sete dias (pode ocorrer resistência com germes gram-negativos); Amoxicilina-clavulonato – 500mg VO de 8/8 horas ou 875mg VO de 12/12 horas por três a sete dias; Cefalexina – 500mg/VO de 6/6 horas por três a sete dias; Fosfomicina – 3gr VO em dose única; Trimetoprim-sulfametoxazol – 800/160mg VO de 12/12 horas (evitar o uso durante o primeiro trimestre e no fim da gestação). A cultura de urina com antibiograma está recomendada após o tratamento para a confirmação da cura. (1,3-7)
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/a-bacteriuria-assintomatica-na-gestante-deve-ser-tratada/ (via RSS)