Em caso de exodontia em idosos cardiopatas se faz necessário a avaliação cardiológica prévia ao procedimento, devido ao risco de desenvolvimento de complicações graves, tais como endocardite bacteriana e bacteremia(1,2).

Quando realizada a ponte de safena em decorrência de um infarto agudo do miocárdio, antes de qualquer tratamento odontológico, o paciente deve ser cuidadosamente avaliado, pois nos primeiros seis meses o risco de recidiva, como reinfarto ou morte súbita, durante uma intervenção cirúrgica médica ou odontológica é aproximadamente 30% maior do que em pacientes normais(3). Procedimentos odontológicos mais invasivos devem ser adiados pelo menos por três meses e, idealmente, por até 1 ano após o infarto(3).

Pacientes sem complicações pós-infarto nem fatores de risco adicionais (hipertensão, arritmias, insuficiência cardíaca congestiva) podem ser tratados no consultório odontológico, desde que alguns cuidados sejam tomados(4). O controle da ansiedade do paciente, consultas breves e a utilização controlada de anestésicos com vasoconstritores, muitas vezes associada ao uso de sedação complementar, diminuem os riscos de uma recidiva(3).

Nos casos de infarto do miocárdio com complicações, ou com recuperação instável, sugerem-se condutas mais cuidadosas, evitando-se procedimentos dentários cirúrgicos nos primeiros seis meses depois da ocorrência(3). As emergências dentárias devem ser tratadas de forma conservadora ou monitoradas em ambiente hospitalar(3).

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/a-exodontia-esta-contraindicada-para-pacientes-idosos-que-realizaram-ponte-de-safena/ (via RSS)