O encaminhamento para o Serviço de Referência em Hanseníase deve ser feito se o paciente, ao término do tratamento preconizado de 12 doses (cartelas), apresenta pouca ou nenhuma melhora clínica, com lesões cutâneas e/ou exacerbação de lesões antigas, bem como, novas alterações neurológicas (1,2). Também deverá ser encaminhado, se há dúvidas quanto à melhora das lesões, tendo em vista que casos de hanseníase multibacilar que iniciam o tratamento com numerosas lesões ou extensas áreas de infiltração cutânea podem apresentar uma regressão mais lenta destas lesões de pele. A maioria desses doentes continuará a melhorar após a conclusão do tratamento com 12 doses. É possível, no entanto, que alguns desses casos não demonstrem qualquer melhora e por isso deverão ser avaliados em serviço de referência quanto à necessidade de 12 doses adicionais de PQT/MB (poliquimioterapia / casos multibacilares) (1). O critério de alta adotado pela OMS e pelo Ministério da Saúde é ter completado o esquema terapêutico padrão (2), e não depende da negativação da baciloscopia do raspado intradérmico (1). A baciloscopia pode necessitar de um tempo maior para negativar, uma vez que o índice baciloscópico diminui em média 0,6 a 1,0 log/ano (2).

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/casos-de-hanseniase-multibacilar-que-finalizaram-o-tratamento-com-exito-mas-permanecem-com-com-positividade-na-baciloscopia-do-raspado-intradermico-devem-ser-encaminhados-para-o-servico-de-referencia/ (via RSS)