Como é feito e como deve ser interpretado o resultado do teste de absorção da lactose?

O teste de absorção da lactose é realizado através de medidas da glicemia do paciente em diferentes momentos: glicemia basal após jejum de pelo menos 8 horas e glicemia 30, 60 e 120 minutos após a administração, por via oral, de lactose dissolvida em água – 50 g em adultos e 2 g/kg em crianças. A interpretação do resultado tem como base a variação dos níveis de glicose após ingestão de lactose....

Há risco de incidência de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) em doentes medicados com estatinas?

O uso de estatinas está associado a um aumento na ocorrência de diabetes(1,2,3) (OR 1,09; IC 95% (1,02a 1,17)(4), especialmente em obesos, mulheres, idosos, descendentes de asiáticos, síndrome metabólica(5), glicemia alta em jejum e com hemoglobina glicada alta (HbA1c > 6%). Em metanálise observou-se maior risco entre os doentes tratados com estatinas em dose mais elevadas (OR 1,12; IC 95% (1,04-1,22)(4) comparadas a dose mais baixas. Entre as sinvastatinas, as lipofílicas apresentam maior risco de diabetes: sinvastatina (OR 1,14; IC 95%, 1,09-1,20) e atorvastatina (OR 1,22; IC 95%, 1,12- 1,32)....

Quais as contraindicações do anestésico lidocaína com felipressina na odontologia?

A lidocaína associada a vasoconstritores como a felipressina está contraindicada em pacientes que apresentam alterações cardiovasculares(1). Pacientes com Angina, Infarto Agudo do Miocárdio recente (ou até 6 meses após), AVC recente, submetidos a Cirurgia de Revascularização, Arritmias, Insuficiência Cardíaca, entre outras alterações cardiovasculares não devem fazer uso de vasoconstritor associado de anestésico em procedimentos odontológicos(2). Em pacientes cuja única patologia associada identificada seja Hipertensão, cujos valores pressóricos estão controlados não há restrições para o uso de vasoconstritor, onde sugere-se a escolha de prilocaína associada a felipressina(1,2)....

Qual a conduta diante de varicela no primeiro trimestre gestacional?

Para quadros sem complicação, o tratamento deve ser sintomático. Pode-se administrar antitérmico, analgésico não salicilato e, para atenuar o prurido, anti-histamínico sistêmico(1). Além disso, deve-se fazer a recomendação da higiene da pele com água e sabonete neutro, com o adequado corte das unhas(1). Havendo infecção secundária, recomenda-se o uso de antibióticos, em especial para combater estreptococos do grupo A e estafilococos(1). Em relação à terapia específica, embora não haja evidência de teratogenicidade, não se recomenda o uso de aciclovir em gestantes(1)....

Há risco de interação medicamentosa entre anestésicos locais e anticonvulsivantes?

Interações clinicamente significantes entre anticonvulsivantes e anestésicos locais não são conhecidas, embora o uso de lidocaína com adrenalina seja preconizado(1). Assim como a utilização de seringa carpule com aspiração para evitar injeção intravenosa(1). Uma avaliação pré-operatória do médico responsável pelo paciente é recomendável, principalmente no caso de haver alterações recentes na evolução da doença que o paciente apresenta(2). Fonte: https://aps.bvs.br/aps/ha-risco-de-interacao-medicamentosa-entre-anestesicos-locais-e-anticonvulsivantes/ (via RSS) TAGS: Anestésicos LocaisAnticonvulsivantesD50 Medicação / prescrição / pedido / renovação / injeçãoDentistaInterações Medicamentosas

Qual a abordagem da odontologia frente aos riscos de efeitos adversos dos bifosfonatos?

Considerando que, no momento, muitas questões sobre o osteonecrose dos maxilares associada ao uso de bifosfonatos permanecem não elucidadas, não parece fácil fornecer recomendações definitivas sobre as estratégias preventivas mais úteis no contexto odontológico(1). Mas deve-se destacar o cuidado quanto a condução de procedimentos cirúrgicos conservadores, ambiente estéril adequado, uso adequado de desinfetantes orais e antibióticos eficazes são as recomendações sugeridas a serem seguidas ao tratar pacientes com história de uso de bifosfonatos(2)....

Qual seria a melhor solução para tratar parasitoses intestinais em crianças indígenas menores de 2 anos?

O albendazol e o mebendazol podem ser utilizados em crianças menores de 2 anos. Na realidade da saúde indígena, a prevalência de parasitoses intestinais é alta, inclusive nessa faixa etária. Estes medicamentos praticamente não são absorvidos no trato gastrintestinal, estando livres de efeitos colaterais ou intoxicação; tanto que as doses são as mesmas para qualquer peso ou faixa etária(1,2,3). Fonte: https://aps.bvs.br/aps/sendo-o-albendazol-contraindicado-para-criancas-menores-de-dois-anos-qual-seria-a-melhor-solucao-para-tratar-parasitoses-em-indigenas-nessa-faixa-etaria/ (via RSS) TAGS: D96 Lombrigas/outros parasitasDestaque na homepageDoenças ParasitáriasMédicoSaúde de Populações Indígenas

A farmacoterapia para tuberculose diminui a eficácia dos contraceptivos?

A farmacoterapia para a tuberculose (BK) pode interferir na eficácia dos anticoncepcionais, através da Rifampicina. (1,2,3) O uso concomitantemente dos anticoncepcionais com a rifampicina exige uma mudança na dosagem do primeiro, porém o efeito final sobre a supressão da ovulação não foi esclarecido por falta de estudos. A eficácia dos anticoncepcionais estará reduzida caso seja utilizado pílula com < 50 µg de etinilestradiol. (2) Fonte: https://aps.bvs.br/aps/a-farmacoterapia-para-tuberculose-diminui-a-eficacia-dos-contraceptivos/ (via RSS) TAGS: A70 TuberculoseAnticoncepcionaisAntituberculososEnfermeiroRifampina

Qual pomada/cobertura seria indicada para desbridamento autolítico ou enzimático de lesões com tecido desvitalizado?

O desbridamento autolítico tem como fatores terapêuticos a hidratação do leito da ferida, fibrinólise e consequente ação de enzimas endógenas sobre o esfacelo/tecido desvitalizado(1,2). Auxiliam no desbridamento autolítico: hidrogel, alginato de cálcio, hidrocolóide e até filmes transparentes. O hidrogel é, na prática, o produto mais utilizado com bons resultados. O Alginato em fita ou placa é mais indicado quando se deseja controlar o exsudato. O desbridamento enzimático atua com a ação da enzima (mais comuns a Colagenase clostridiopeptidase, bromalina e papaína) quebrando as fibras de colágeno que unem o tecido necrosado ou esfacelado ao leito da ferida(3)....

Qual orientação terapêutica farmacológica para abscesso oral na puérpera?

A melhor opção de antibiótico para puérpera durante a lactação são os antibióticos mais empregados em odontologia, como as penicilinas, a eritromicina e a clindamicina, que são excretados no leite materno em baixas concentrações(1). Sendo que seu uso é compatível com o aleitamento materno (1,2). Dentre as outras categorias de fármacos, a dipirona sódica é um analgésico seguro para o controle da dor leve a moderada durante a lactação, da mesma forma que o paracetamol....