Qual o papel do Agente Comunitário de Saúde no acompanhamento de pacientes portadores do HIV?

O uso da terapia antirretroviral (TARV) tem diminuído significativamente a morbidade e a mortalidade das pessoas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), propiciando, em consequência, o aumento da expectativa de vida desses sujeitos. Esta realidade tem demandado para os serviços de saúde o desenvolvimento de ações de saúde que propiciem uma atenção qualificada e que repercutam na qualidade de vida dos indivíduos portadores do HIV. Nesse contexto, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) deverá realizar uma escuta qualificada, tratando com respeito e dignidade seus comunitários portadores do HIV, buscando identificar as principais necessidades em saúde por meio da avaliação das condições individuais e sociais que determinam sua vulnerabilidade....

Quais estratégias de comunicação adotar com pacientes portadores de deficiência auditiva?

A comunicação adequada entre profissional de saúde e usuário é um componente fundamental para que se estabeleça a interação, o acolhimento e o vínculo entre eles, colaborando assim para que as práticas de saúde sejam mais resolutivas. As pessoas portadoras de deficiência auditiva precisam ser entendidas em suas necessidades e também devem ser alvo das ações de saúde para que dessa forma possam vir a exercer conscientemente práticas promotoras, preventivas e curativas de saúde, promovendo assim sua inclusão social....

Como dar alta a um paciente com diagnóstico de tuberculose pulmonar bacilífera que não consegue produzir escarro por ausência de expectoração?

A alta por cura de pacientes que receberam o diagnóstico de tuberculose pulmonar bacilífera que não tiverem realizado o exame de escarro por ausência de expectoração pode ser feita com base em dados clínicos e exames complementares (cura clínica não comprovada bacteriologicamente). Para isso, é importante que esse paciente seja encaminhado para a avaliação pelo médico de sua Equipe de Saúde da Família para que a alta por cura possa ser estabelecida....

Pode ser prescrito método anticonceptivo para adolescente sem a autorização dos pais?

Sim, o adolescente tem direito ao sigilo e confidencialidade sobre a prescrição de métodos anticonceptivos e sobre sua atividade sexual, segundo os artigos 11, 102 e 103 do Código de Ética Médica e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Portanto, a prescrição de método anticoncepcional para adolescente não fere princípio ético ou legal.¹ Fonte: https://aps.bvs.br/aps/pode-ser-prescrito-metodo-anticonceptivo-para-adolescente-sem-a-autorizacao-dos-pais/ (via RSS) TAGS: AdolescenteAnticoncepcionaisD – Opinião desprovida de avaliação crítica/baseada em consensos/estudos fisiológicos/modelos animaisEnfermeiroW50 Medicação / prescrição / pedido / renovação / injeção

Qual o objetivo e como elaborar o mapa do território adscrito pela equipe de saúde da família no contexto da Atenção Básica?

O mapa do território adscrito pela equipe de saúde da família e equipe de saúde bucal é uma ferramenta do planejamento em saúde que tem por objetivo auxiliar no processo de diagnóstico local e identificação dos problemas e necessidades de saúde da população1. A Atenção Básica é desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão, sob a forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações....

Como realizar o registro da primeira consulta odontológica programática e do tratamento concluído no e-SUS AB?

A primeira consulta odontológica programática deve ser registrada na Ficha de Atendimento Odontológico Individual do sistema de Coleta de Dados Simplificada (CDS) ou no Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) do e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB), sempre que o cirurgião-dentista realizar a avaliação das condições gerais de saúde e o exame clínico odontológico com finalidade de diagnóstico e, necessariamente, elaborar o plano preventivo-terapêutico do paciente. O tratamento deve ser iniciado nesta mesma sessão....

Como realizar atividades de educação nutricional com pessoas portadoras de deficiência visual?

Quando a visão, um dos aspectos sensoriais, não se faz presente, a exploração dos demais sentidos deve ser destacada na tentativa de concretizar um processo de construção do conhecimento nutricional. A questão da ampliação dos demais sentidos pode ser o grande objetivo a nortear os trabalhos desenvolvidos, também contribuindo para superar os obstáculos relacionados à própria deficiência visual de que são portadores os usuários atendidos, como a capacidade de seleção dos alimentos no momento de aquisição e preparo1....

Quando deve ser preenchido o bloco termo de recusa na Ficha de Cadastro Domiciliar do e-SUS?

O bloco “Termo de Recusa” é preenchido pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS) quando as pessoas do domicílio se recusam a fornecer os dados para preenchimento do cadastro na Atenção Básica. Quando isso ocorrer, o profissional que está realizando o cadastro orienta que, embora a recusa não facilite o seu acompanhamento e o de sua família pela equipe, não impede o seu atendimento e de sua família na Unidade Básica de Saúde (UBS)....

Quais são os critérios para implantação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família?

Os critérios para implantação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) com financiamento federal são dependentes da modalidade de NASF, tendo como base a conformação de uma equipe formada por profissionais de nível superior que reúnam as seguintes condições1: Modalidade NASF 1: a) a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no mínimo 200 (duzentas) horas; b) nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 (vinte) horas; e c) cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 (vinte) horas e no máximo 80 (oitenta) horas de carga horária semanal....

O médico da atenção primária pode realizar exame médico ocupacional para empresas?

Segundo orientações do Tratado de Medicina de Família e Comunidade¹ não é atribuição do médico que atua na atenção primária a realização de exames ocupacionais. No entanto, existe uma divergência jurídica entre a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a Lei Orgânica 8.080/1990 com relação a esse assunto. Segundo a CLT, Art 168, o exame médico ocupacional é de responsabilidade do empregador e deve ser fornecido pelo médico responsável pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)²: “CLT – Decreto Lei nº 5....