A sensibilidade ao glúten na ausência de doença celíaca é uma entidade clínica reconhecida há pouco tempo, cuja fisiopatologia e evolução natural ainda não são totalmente compreendidas; tampouco há testes específicos para diagnosticá-la. O que sabemos até aqui é que ela se manifesta através de sintomas semelhantes aos de doença celíaca e alergia ao trigo, sendo um diagnóstico de exclusão. Deste modo, recomenda-se a solicitação de testes para descartar doença celíaca e alergia ao trigo nos pacientes com sintomatologia sugestiva desses problemas, antes de concluir um raciocínio clínico em sensibilidade não celíaca ao glúten. Além disso, é essencial compreender o contexto psicossocial no qual se desenvolve o processo de adoecimento, evitando rotular o indivíduo como doente apenas por ser mais sensível ao glúten. O glúten é um termo utilizado para descrever certas frações de proteínas encontradas no trigo, na aveia, no centeio, na cevada e nos derivados desses cereais, os quais estão presentes em inúmeros alimentos comuns, como a maioria dos pães e massas1. Os rótulos de alimentos industrializados, inclusive, informam se o produto contém ou não glúten, pois diversos problemas de saúde têm sido atribuídos ao consumo dessa substância e algumas pessoas são orientadas a evitá-la.
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/como-efetuar-o-diagnostico-de-sensibilidade-nao-celiaca-ao-gluten/ (via RSS)