A história clínica é fundamental na orientação diagnóstica¹. Deve‑se questionar sobre o início e duração da ginecomastia, sintomatologia associada (crescimento rápido e doloroso é mais preocupante do que um crescimento lento, indolor ao longo de anos), medicação em curso ou já efetuada, doenças concomitantes, sinais de hipogonadismo (como infertilidade, diminuição da libido e disfunção erétil)¹. As doenças sistêmicas associadas ao hipogonadismo e/ou ginecomastia também devem ser inquiridas. A história medicamentosa e social é importante para determinar o abuso de álcool ou de drogas¹. A história clínica completa associada ao exame físico muitas vezes é suficiente para o diagnóstico¹. Alguns autores sugerem que a investigação laboratorial provavelmente não é necessária, e a avaliação hormonal mantém-se controversa em indivíduos com ginecomastia assintomática, sem história clínica sugestiva de causa patológica subjacente². No entanto, a maior parte da literatura concorda que deve-se solicitar minimamente para todos os pacientes¹: transaminase hepática, creatinina sérica e hormônio estimulante da tireóide (TSH). Quando houver suspeita clínica de tumor testicular, adrenal ou outros, os níveis séricos de beta-hCG ou sulfato de dehidroepiandrosterona sérico podem ser solicitados. Quando houver suspeita de hipogonadismo primário ou secundário pode-se solicitar testosterona total e livre, estradiol, hormônio luteinizante e FSH. A hiperprolactinemia não é comum em pacientes com ginecomastia¹.

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