Primeiramente, é preciso considerar que alterações pigmentares residuais da pitiríase versicolor muitas vezes necessitam de semanas a meses para serem solucionadas, até que as regiões afetadas sejam novamente pigmentadas por exposição ao sol. Deve-se lembrar ainda, as elevadas taxas de recorrência desta condição clínica, sobretudo em climas quentes e úmidos. (1,3) Em geral, portadores de pitiríase versicolor normalmente respondem bem aos tratamentos antimicóticos tópicos e a terapias sistêmicas com derivados azólicos (cetoconazol, fluconazol, itraconazol). Portanto, no contexto do manejo de tratamento, é importante avaliar a adesão da paciente aos esquemas terapêuticos já propostos (correta observância da posologia e tempo de tratamento, e a doses mensais para prevenção de recorrências); a possibilidade de tratarem-se de lesões residuais, e por fim, a eventualidade de estar diante de um quadro de recorrência, e não propriamente falha terapêutica. Pacientes com alto risco de recorrência podem se beneficiar do uso de xampu de cetoconazol uma vez por semana como se fosse sabonete (1). Outra opção é o uso do xampu de sulfeto de selênio 2,5% a cada 15 a 30 dias (2). Ainda outra medida preventiva, é uma dose de cetoconazol (400mg), fluconazol (300mg) ou itraconazol (400mg) orais uma vez por mês (1,4).
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/como-manejar-casos-de-pitiriase-versicolor-com-ma-resposta-ao-tratamento-clinico/ (via RSS)