Quando a visão, um dos aspectos sensoriais, não se faz presente, a exploração dos demais sentidos deve ser destacada na tentativa de concretizar um processo de construção do conhecimento nutricional. A questão da ampliação dos demais sentidos pode ser o grande objetivo a nortear os trabalhos desenvolvidos, também contribuindo para superar os obstáculos relacionados à própria deficiência visual de que são portadores os usuários atendidos, como a capacidade de seleção dos alimentos no momento de aquisição e preparo1. Nesse sentido, os temas a serem trabalhados, no processo de educação nutricional, são similares àqueles que poderiam ser discutidos com a população em geral, atentando-se para a adaptação das metodologias utilizadas segundo as condições dessa população. Por exemplo, ao discutir a necessidade de reduzir o consumo de sódio na alimentação, poderiam ser realizadas oficinas de temperos naturais utilizando-se do tato, do olfato e do paladar no sentido de fomentar seu uso culinário e, consequentemente, a redução da adição de sal, (por exemplo, através da degustação de preparações ou alimentos).

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/como-realizar-atividades-de-educacao-nutricional-com-pessoas-portadoras-de-deficiencia-visual/ (via RSS)