As recomendações atuais são pela não-interrupção da terapia com antiplaquetários orais, pois o risco teórico de hemorragia pós-cirurgia dental é mínimo, sobrepujado em muito pelo risco de tromboembolismo consequente à suspensão da terapia anticoagulante. Para evitar risco de sangramentos pode-se lançar uso de medidas hemostáticas locais como suturas múltiplas com fio de seda, pressão no local, gelatina absorvível e/ou colágeno microfibrilar, respeitar o limite de 3 extrações por intervenção, adiar o procedimento nos casos de pressão arterial maior que 180/110 mmHg (1,2,3,4).
A European Heart Rhythm Association (EHRA) considera como intervenções de baixo risco de sangramento extrações de até três dentes, sendo que extrações envolvendo osteotomia aumentam o trauma cirúrgico. Assim, é interessante que se façam extrações de até três elementos tratando-se de extrações simples, já quando envolverem osteotomia ou retalho, esse número deve ser reduzido. O que é confirmado pelos resultados obtidos por Dudek et al. (2016), que encontraram associação estatística entre risco hemorrágico e quantidade de dentes extraídos, e entre risco hemorrágico e osteotomia (5).
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/e-necessario-suspender-a-terapia-anticoagulante-para-realizacao-de-exodontia/ (via RSS)