A vacinação contra febre amarela em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) depende da contagem de células CD4+, responsáveis pela defesa do organismo. A contagem de células CD4+ também é utilizado como um dos critérios para definir o melhor momento de se imunizar as PVHA em relação as outras vacinas de vírus atenuados como tríplice viral e poliomielite oral, por exemplo. Normalmente, não se faz vacinação com vacinas de antígenos vivos atenuado em PVHA quando a contagem de células CD4+ for < 200 células/mm3.
A recomendação nesses casos é cuidar para que a imunidade do paciente melhore e assim ele possa realizar a vacinação. A vacina influenza, por ser produzida a partir de vírus inativado (fragmento de vírus) é considerada mais segura que as vacinas de antígenos vivos atenuado de forma que vacinação da influenza não depende do CD4+. A imunização anual das PVHA contra a influenza faz parte das ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Em indivíduos imunodeprimidos, o risco de eventos adversos praticamente não aumenta para vacinas inativadas, mas deve ser avaliado para vacinas vivas atenuadas. Tais vacinas só devem ser consideradas quando a situação epidemiológica indicar que o risco da infecção pelo agente etiológico e suas complicações claramente excedam os riscos das possíveis complicações vacinais. Considerando-se a possibilidade de perda acelerada dos anticorpos vacinais, recomenda-se, sempre que possível, avaliar títulos de anticorpos obtidos após a vacinação, e revacinar os indivíduos que perderam a proteção.
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/em-pacientes-com-hiv-e-possivel-aplicar-a-vacina-contra-gripe-febre-amarela-ou-outras-de-virus-atenuados/ (via RSS)