O uso de antiagregantes plaquetários em pequenas doses diárias (75 a 100mg) tem sido recomendado para gestantes com risco aumentado para desenvolver pré-eclâmpsia (1). Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia são primigestação, história prévia ou familiar, hipertensão crônica, diabetes, colagenose, raça negra, obesidade e trombofilias (1). Seguem as recomendações a respeito deste tema na literatura: Segundo o documento VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, para prevenção da pré-eclâmpsia não se recomenda prescrever ácido acetilsalicílico (AAS) para gestantes normais, porém em mulheres com risco moderado e elevado de pré-eclâmpsia o uso de baixas doses pode ser útil, sendo iniciado na 12a à 14a semana de gestação (2). Para casos de hipertensão arterial crônica e hipertensão gestacional, o documento não faz menção ao uso de AAS. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), em gestantes com antecedente de pré-eclâmpsia grave, principalmente restrição de crescimento fetal, eclâmpsia e síndrome HELLP, preconiza-se a administração precoce (a partir de 12 semanas de gestação) de AAS (100 mg/dia) ou cálcio (1,5 a 2 g/dia) até o final da gestação (3). Já o Guideline da Sociedade Européia de Cardiologia recomenda baixas doses de AAS (75-100mg/dia) profilaticamente em mulheres com histórico de pré-eclâmpsia precoce em gestação anterior (< 28 semanas). Segundo esta referência, o AAS deverá ser administrado à noite, começando no período pré-concepção ou no diagnóstico da gestação (antes de 16 semanas de gestação), devendo ser continuado até o final da gestação (4).
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/esta-indicado-o-uso-de-aas-na-gestante-hipertensa/ (via RSS)