Não há necessidade de remover o anel para realizar o exame citopatológico para a prevenção do câncer de colo uterino (Papanicolau).
De acordo com as diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de colo de útero, uma amostra insatisfatória do exame citopatológico de colo de útero é definida como “a amostra cuja leitura esteja prejudicada pelas razões expostas abaixo, algumas de natureza técnica e outras de amostragem celular, podendo ser assim classificada:
1. Material acelular ou hipocelular
2. Leitura prejudicada por presença de sangue, piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição celular”.
Em tais casos o exame deve ser repetido(1).
O Anel Vaginal (comercialmente conhecido como NuvaRing) tem o mecanismo de ação semelhante ao das pílulas anticoncepcionais. A absorção que ocorre através do epitélio da vagina liberando o hormônio através da circulação sistêmica, não tendo assim uma primeira passagem pelo fígado. Utiliza-se por três semanas e ao ser retirado ocorre o sangramento resultante da privação de hormônios, após este período deve-se colocar um novo anel(2-3).
O anel vaginal não compromete ou impede o exame Papanicolau, tanto pelo seu mecanismo de ação, quanto na técnica utilizada para o exame. Até mesmo um exame mais específico como a colposcopia pode ser feita com a presença do anel. Não há dificuldade para a inserção do espéculo ou para a coleta de secreções, nem para visualização do colo. Não há interferência na coleta nem no resultado(4).
Quando uma paciente retirar o anel na justificativa de fazer um exame ginecológico, esta ficará desprotegida e poderá engravidar.