O Exame de Urina I com sedimento urinário irá fornecer – quando associado à anamnese e ao quadro clínico, os dados que praticamente confirmam o diagnóstico de infecção de trato urinário: presença de piúria (leucocitúria), de hematúria e de bacteriúria. Os valores encontrados são, habitualmente, proporcionais à intensidade da infecção (nível de evidência D).

O método, porém, mais importante para diagnóstico de infecção de trato urinário na gravidez é a cultura de urina quantitativa que, avaliada em amostra de urina colhida assepticamente, jato médio, poderá fornecer, na maioria dos casos, o agente etiológico causador da infecção e trazer subsídios para a conduta terapêutica. Entretanto, alguns patógenos como Chlamydia e Mycoplasma somente podem ser detectados em meios de cultura especiais. Deve-se suspeitar de infecção por esses micro-organismos quando a paciente tem sintomas de infecção de trato urinário e piúria com urocultura negativa.

A acurácia dos achados de uma urocultura padronizada depende de qual valor quantitativo de colônias define uma cultura positiva. Quando o critério tradicional de 100 mil unidades formadoras de colônias por mililitro (UFC/ml) é aplicado, a especificidade é alta, mas a sensibilidade é de apenas 50%. Reduzindo-se o limiar para 1.000 UFC/ml, nos casos de mulheres jovens com sintomas de cistite, aumenta-se consideravelmente a sensibilidade com mínima redução na especificidade.

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/o-diagnostico-de-infeccao-urinaria-em-gestantes-pode-ser-feito-apenas-com-o-exame-de-urina-i-com-sedimento-urinario-sumario-de-urina-qual-o-exame-mais-importante-nesse-caso/ (via RSS)