A Esclerose Múltipla (EM) é uma das doenças neurológicas mais comuns em todo o mundo; é crônica e autoimune – ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões no cérebro e na medula (1,2). Embora a causa da doença ainda seja desconhecida, a EM tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que têm possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes. A doença é diagnosticada na idade adulta precoce (em geral, entre 20 e 40 anos), sendo duas vezes mais comum entre as mulheres do que entre os homens (1,3,4). A EM não tem cura e pode se manifestar por diversos sintomas, como por exemplo: muito cansaço, depressão, fraqueza nos músculos, alteração do equilíbrio e da coordenação motora, dores nas juntas e alteração no controle das fezes e/ou da urina (pode haver perda de fezes ou de urina, de forma involuntária) (1). Enquanto algumas pessoas com EM convivem com pouca incapacidade durante a vida, em torno de 60% podem tornar-se impossibilitados de andar sem assistência, cerca de 20 anos após o início da doença (4). A EM, pela diversidade de lesões, pode apresentar variações na apresentação dos sintomas e na evolução clínica. Alguns casos excepcionais são silenciosos por toda a vida, ou seja, os pacientes não apresentam quaisquer sintomas, sendo a descoberta de achados típicos da doença somente através de exames de ressonância magnética ou por necropsia (exame feito após a morte). Entretanto, a maioria dos pacientes com EM apresenta uma história típica, mas com sintomas variáveis. Atualmente não existem exames que permite identificar a doença cedo e prever sua evolução clínica (3).

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/o-que-e-esclerose-multipla-e-quais-suas-causas-e-sintomas/ (via RSS)