Diante de um paciente com TSH baixo e T4 livre normal, devemos dosar o T3 sérico para afastar a hipótese de uma síntese preferencial de T3 pela glândula, isto é, T3-tireotoxicose¹ (Nível D) Caso o valor de T3 esteja dentro da normalidade, estamos diante de um hipertireoidismo subclínico. O diagnóstico de hipertiroidismo subclínica está baseado na combinação de uma baixa concentração de TSH e T4 livre e T3 normais. Ele pode ocorrer na presença ou ausência de sintomatologia leve de tireotoxicose. Como a concentração de TSH pode estar temporariamente reduzida, uma dosagem de TSH sérico, juntamente com um T4 livre e T3, deve ser repetida após um a três meses para confirmar o diagnóstico. Outras causas de baixas concentrações de TSH devem ser excluídas². Existem dois diagnósticos diferencias a serem considerados, além do hipertireoidismo subclínico, diante de uma combinação de uma baixa concentração de TSH e T4 livre e T3 normais.
- Doença não tireoidiana –Alguns pacientes sem distúrbios na tireoide, especialmente aqueles que receberam altas doses de glicocorticoides ou dopamina, podem apresentar tal perfil laboratorial.
- Recuperação de hipertireoidismo –As concentrações de TSH podem permanecer baixas por até vários meses após a normalização da concentração sérica de T4 e concentrações de T3 em pacientes tratados para hipertireoidismo ou se recuperando de hipertireoidismo causado por tireoidite.
As causas de hipertiroidismo subclínico são as mesmas do hipertiroidismo e pode ser, como este, persistente ou transitório. No entanto, adenomas funcionantes autônomos e bócio multinodular tóxico são as causas mais comuns de hipertireoidismo subclínico de causa endógena³.
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/o-que-fazer-com-tsh-baixo-e-t4-livre-normal/ (via RSS)