O acesso universal e gratuito aos cuidados de saúde está previsto na Constituição Brasileira e é fornecido pelo Sistema Único de Saúde. Atualmente, existem três opções terapêuticas para Leishmaniose Visceral (LV) disponíveis no SUS: O antimoniato pentavalente, anfotericina B e anfotericina B lipossomal. A escolha de cada um deles deverá considerar a faixa etária, presença de gravidez e comorbidades. O Antimoniato pentavalente (de meglumina) foi o tratamento de primeira linha para LV por muitas décadas. Além da atividade leishmanicida, antimoniais têm demonstrado induzir respostas pró-inflamatórias, que pode desempenhar um papel no controle da progressão de LV. No entanto, não há nenhuma evidência de uma resistência significativa ao antimoniato de meglumina no Brasil. Pelo contrário, os relatórios de estudos de observação apontam para uma elevada eficácia. Um estudo recente sobre um grupo de crianças tratadas com antimoniais, a eficácia foi de 96% em casos leves a moderados, e mais de 60% nos casos graves. O mesmo estudo descobriu taxas acima de 15% para doença cardíaca, hepática e toxicidade pancreática. A toxicidade é de fato uma grande preocupação, e casos graves (por vezes levando à morte) foram relatados, principalmente em pacientes acima de 50 anos de idade. Além disso, são contraindicados na gravidez e em pacientes com insuficiência renal. A anfotericina B (ABD) foi introduzida como terapia de segunda linha para LV na década de 1960. Esta droga tem excelente atividade leishmanicida, com taxas de cura de 90% a 95% em estudos de países endêmicos. A anfotericina B é a droga leishmanicida mais potente disponível comercialmente, com ação nas formas promastigotas e amastigotas, tanto in vitro quanto in vivo.
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/quais-as-opcoes-terapeuticas-para-leishmaniose-visceral-disponiveis-no-sistema-unico-de-saude/ (via RSS)