Apesar do risco das reações alérgicas serem graves e mesmo fatais, até o momento, o método mais efetivo para a prevenção dos sintomas e tratamento tanto das alergias como das intolerâncias alimentares é a retirada do alimento “agressor” da dieta, sendo necessário substituí-los por alimentos tolerados (1). A completa eliminação do alimento alergênico é a única forma comprovada, atualmente disponível de tratamento. A dieta de exclusão tem como objetivo eliminar da dieta os alimentos relacionados à sintomatologia ou aqueles considerados muito alergênicos, evitando alimentos industrializados ou todos aqueles dos quais não é possível conhecer a composição. Além disso, a dieta prevê a oferta de energia e de nutrientes, suficientes para atender às necessidades da criança, reintroduzindo gradativamente os alimentos excluídos da dieta, de acordo com a resposta clínica (um alimento por vez). As dietas de exclusão podem ser utilizadas por curtos ou longos períodos de tempo, contudo, devem ser adotadas com cautela principalmente se um número significativo de alimentos ou grupos de alimentos são proibidos, podendo implicar na inadequação da ingestão alimentar e déficit no estado nutricional. Os alimentos a serem oferecidos devem proporcionar oferta adequada de nutrientes e segurança quanto à ausência do alérgeno alimentar. Em lactentes com aleitamento materno exclusivo e que apresentam quadro clínico sugestivo de alergia alimentar não é necessário interromper a amamentação e sim excluir da dieta da mãe os alimentos alergênicos. Por outro lado,  já se o lactente estiver com aleitamento artificial é recomendável que sejam utilizadas fórmulas infantis que atendam às necessidades nutricionais da criança. As fórmulas substitutas do leite de vaca se baseiam em fórmulas a base de soja, de proteínas hidrolisadas e de aminoácidos. Lactentes em uso dessas fórmulas deverão ser acompanhados por profissionais habilitados de forma individualizada e sistemática. O aleitamento materno é recomendado de forma exclusiva até os seis meses de idade da criança e a introdução de alimentos sólidos deve ocorrer a partir dos seis meses de vida. Alimentos potencialmente alergênicos também devem ser introduzidos nesse período (2).

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/quais-as-orientacoes-de-enfermagem-para-criancas-com-alguma-alergia-ou-intolerancia-alimentar/ (via RSS)