Para o controle de contatos na indisponibilidade da prova tuberculínica (PT) recomenda-se proceder com a investigação de todos os contatos (tuberculose sensível e multidrogarresistente) com avaliação clínica e radiológica, com vistas a identificar casos de tuberculose ativa. Excluindo-se doença ativa, recomenda-se o tratamento da infecção latente da tuberculose, mesmo sem PT, nas seguintes situações: a) Recém-nascido coabitante de caso índice bacilífero (tratar com isoniazida 6 meses e depois desse período vacinar para BCG); b) Contatos de tuberculose sensível com idade igual ou inferior a 15 anos e assintomáticos – após exclusão da tuberculose, tratar a ILTB sem a PT, prioritariamente em crianças menores de 5 anos; c) Contatos de tuberculose sensível com mais de 15 anos e assintomáticos – após exclusão da tuberculose, avaliar individualmente a indicação de profilaxia com isoniazida sem a PT. Levar em consideração o grau de exposição, a presença de comorbidades e o risco e benefício. – Grau de exposição: contatos domiciliares geralmente apresentam maior exposição quando comparados a outros ambientes. – Comorbidades: proceder com o tratamento da ILTB sem a PT em contatos nas seguintes situações: pessoas em uso de inibidores de TNF-α, portadores de diabetes mellitus, transplantados em uso de terapia imunossupressora, neoplasias hematológicas, neoplasias de cabeça e pescoço, uso de corticosteroides (>15mg de prednisona por mais de 1 mês) em maiores de 65 anos, insuficiência renal em diálise e outras doenças imunossupressoras. – Risco e benefício: Avaliar junto com o grau de exposição e a presença de comorbidades, as interações medicamentosas e efeitos adversos à isoniazida. d) Pessoa vivendo com HIV/aids: – Com cicatriz radiológica sem tratamento prévio da infecção latente da tuberculose – Contato de caso de tuberculose pulmonar – Com registro documental de ter tido PT ≥ 5mm e não submetido ao tratamento da ILTB na ocasião – Com risco epidemiológico acrescido: locais com alta carga da doença, como presídios ou albergues – Com LT-CD4+ < 350cel/mm3 – Sem Tratamento Antirretroviral (TARV) ou em TARV com carga viral detectável (desde que afastada a dificuldades na adesão e elevação transitória da carga viral) Em casos que não se apresentem nas situações descritas acima, deve-se individualizar a decisão de iniciar o tratamento da ILTB sem a PT, considerando-se riscos e benefícios da estratégia.