Tanto a amantadina quanto a rimantadina são eficazes no tratamento e na prevenção de influenza A e, em menor grau, nas “infecções tipo influenza” (sem confirmação laboratorial do tipo viral, mas com diagnóstico clínico de influenza). Efeitos adversos envolvendo o SNC e o número de abandono do uso na prevenção foram maiores com amantadina. Não houve diminuição do período de transmissão nem no número de infecções assintomáticas. O efeito profilático com a amantadina não foi influenciado pelo estado vacinal prévio. As drogas estudadas devem ser utilizadas somente em último caso e em situação de emergência.
A importância dessa revisão sistemática (1) para o trabalho em Atenção Primária (APS) é demonstrar que, para o tratamento, essas duas drogas só devem ser utilizadas em caso de inefetividade dos medicamentos sintomáticos (mais baratos e amplamente disponíveis na APS) em situações de sofrimento muito intenso. Evidencia também que seu uso profilático, especialmente diante dos riscos epidêmicos que preocupam a população mundial, devem ser acompanhados da orientação de usarem-se medidas de proteção contra a transmissão. A redução de incidência da gripe não é acompanhada por redução da presença virótica em vias aéreas, o que poderia amplia a disseminação da doença se apenas fossem prescritas as medicações.