As gestações nos extremos da idade reprodutiva da mulher, em geral, apresentam piores desfechos para a mãe e para o bebê (1,2). No entanto, apesar de haver riscos gestacionais, gestantes saudáveis com idade menor do que 15 e maior do que 35 anos podem ser acompanhadas em pré-natal de baixo risco na própria Unidade de Saúde, exceto quando há intercorrências clínicas que motivem o encaminhamento para outros níveis de atenção. Gestantes adolescentes devem merecer atenção especial durante a assistência pré-natal, pois apresentam maior frequência de pré-natal inadequado (menor número de consultas e maiores índices de não comparecimento) e de recém-nascidos de baixo peso, quando comparadas às gestantes não adolescentes. Condições como pré-eclâmpsia (quando há aumento da pressão arterial materna, gerando riscos para o feto), anemia e nascimento de bebês prematuros também têm sido associadas à gestação na adolescência (1). Além disso, frequentemente as gestações em adolescentes não são planejadas, o que pode aumentar riscos de complicações obstétricas e danos ao feto, pela eventual exposição materna a medicamentos, álcool, tabaco e outras drogas no início de uma gestação ainda não identificada pela mulher. Há maior risco de abortamentos espontâneos e de cromossomopatias (doenças genéticas, como a Síndrome de Down), com o avanço da idade materna, porém, a principal questão é que a fertilidade feminina (a capacidade de gerar bebês) tem um declínio importante após os 35 anos (1). Gestações após 35 anos são denominadas tardias, e após os 45 anos são consideradas com idade materna muito avançada. É também após esta faixa etária que as mulheres apresentam com maior frequência doenças crônicas, estando mais propensas a desenvolverem condições que podem afetar o sucesso da gestação, como a obesidade, o diabetes gestacional e a hipertensão arterial (1,3,4).
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/quais-os-riscos-da-gravidez-na-adolescencia-e-em-mulheres-com-mais-de-40-anos/ (via RSS)