O paciente respirador oral apresenta semi-obstrução nasal intermitente ou persistente, respiração ruidosa e roncos. Apresenta fluxo respiratório total ou parcial pela boca. Dorme de boca aberta, pode apresentar salivação, ter prurido nasal, agitação e frequentemente distúrbios do sono. A dificuldade respiratória varia entre formas mais leves de ronco até quadros de apnéia. As funções fisiológicas da cavidade oral como a mastigação, fonação, fala e deglutição encontram-se alteradas nessas crianças (1). A síndrome da respiração oral se inclui dentro dos Distúrbios Respiratórios Obstrutivos do Sono (Sleep disordered breathing – SDB). Associa-se com vários problemas na saúde e com a piora da qualidade de vida na infância e adolescência. Devido ao distúrbio e interferência na qualidade do sono são relatados problemas comportamentais, de inteligência, déficits de atenção, queda no desempenho escolar, maior prevalência de distúrbios neuropsicológicos, comprometimento do crescimento e alterações cardiovasculares (5). São descritos postura corporal inadequada, distúrbios hormonais, sonambulismo e enurese noturna. Aumento vertical do terço inferior da face, arco maxilar estreito, palato em ogiva, halitose, má oclusão dentária (mordida aberta, incisivos superiores protruídos), lábio inferior evertido, hipotonia dos elevadores de mandíbula e hipotonia lingual, alterações da postura de língua em repouso, na deglutição e na fala e alterações da mastigação e vocais também são frequentes (2). A prevalência dessa patologia varia entre 0,1% a 13 %. Incide principalmente em crianças de 2 a 8 anos, coincidindo com o pico da hiperplasia dos tecidos linfóides. É mais comum entre meninos e crianças obesas ou com sobrepeso (3,6).
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/quais-os-sintomas-envolvidos-e-como-manejar-a-sindrome-da-respiracao-oral/ (via RSS)