A Talidomida pode ser administrada por longos períodos em casos graves e reincidentes de reações hansênicas, conforme apresentação do quadro. É importante que, depois de uma dose inicial de 300 a 400 mg por dia (que frequentemente controla a reação em 48 horas), a mesma seja reduzida gradualmente para um nível de manutenção (em torno de 100mg por dia).
A corticoterapia associada é necessária especialmente na agudização, podendo ser sistêmica, com uso de prednisona 40mg a 60mg / dia de 7 a 10 dias. Este período pode estender-se mais ou a dose ser maior, conforme o quadro e a resposta do paciente. Corticoterapia local (infiltrações) também pode ajudar.
Pode haver casos de remissão e retorno dos sintomas, devendo a medicação ser reintroduzida – exames laboratoriais são indicados para os quadros de uso prolongado. O acompanhamento clínico durante seu uso com consultas rotineiras com especialista é essencial, com especial atenção para o desenvolvimento de neuropatia periférica, que deve levar à interrupção imediata da droga.
Outras medicações, com menor eficácia e menores evidências científicas, como metotrexato, dapsona e hidroxicloroquina, podem ser utilizadas, conforme recomendação de especialista.
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/quais-sao-as-recomendacoes-para-o-uso-de-talidomida-no-tratamento-da-reacao-hansenica/ (via RSS)