Existem alguns exames laboratoriais que podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico de dengue. No entanto, quando uma região está passando por uma epidemia de dengue, o diagnóstico pode ser feito apenas pela sintomatologia (este critério dependerá de orientações da vigilância sanitária local) e dados epidemiológicos locais. Dentre os exames sorológicos estão:

  • Método Elisa IgM – baseado em detecção de anticorpo, este método costuma positivar apos o sexto dia da doença.
  • Método Elisa IgG – baseado em detecção de anticorpo, este método costuma positivar a partir do nono dia de doença, na infecção primaria, e já estar detectável desde o primeiro dia de doença na infecção secundária.
  • Método Elisa IgM e IgG – teste rápido, baseado na detecção qualitativa e diferencial de anticorpos IgM e IgG, permite diagnóstico ou descarte, em curto espaço de tempo.
  • Porém, devido às diferenças nos valores de sensibilidade e de especificidade encontrados, recomenda-se a realização de exame laboratorial, utilizando os laboratórios de referência.

*O período adequado para realização da sorologia dá-se a partir do sexto dia de doença. Dentre os exames que detectam vírus ou antígenos virais, estão: isolamento viral; RT-PCR; imuno-histoquímica; NS1. Estes são métodos disponíveis geralmente nos laboratórios de referência estaduais e nacionais, seu uso deve, sempre, ser discutido com os integrantes das equipes de Vigilância Epidemiológica; recomenda-se a realização nos primeiros três dias da doença, podendo ser realizado até o quinto dia.

  • DENGUE ANTÍGENO NS1 – “TESTE RÁPIDO DA DENGUE”: é a nova ferramenta diagnóstica e se trata de um teste qualitativo, usado na detecção da antigenemia NS1 da dengue pela técnica Elisa de captura; auxilia no diagnóstico sorológico da doença em amostras colhidas principalmente até o terceiro dia do início dos sintomas; o ideal é que a amostra seja colhida no primeiro dia dos sintomas, o que, muitas vezes, permitira a liberação do resultado antes do momento da defervescência da febre; seu desempenho é equivalente ao do RT-PCR, porém, não permite a identificação do sorotipo; atualmente, o Ministério da Saúde disponibiliza kits para o uso em amostras de unidades-sentinela de monitoramento do vírus da dengue. O uso da proteína NS1 tem uma alta especificidade (82 a 100%), mas tem moderada sensibilidade (mediana 64%, intervalo de 34-72%), de acordo com Guzman (2010). De acordo com o estudo de Chatterji (2011), a sensibilidade é mais baixa nas infecções secundárias, quando comparada com as infecções primarias. O teste NS1 negativo não exclui a possibilidade da doença. Conclui-se, portanto, é um teste rápido, qualitativo, de detecção precoce – 1 a 3 dias de doença. Pode estar presente até 9-10 dias do início dos sintomas, mas sua detecção é mais difícil após a soroconversão. Portanto, a presença do antígeno NS1 é indicativo de doença aguda e ativa. Já um resultado negativo, diante de um quadro suspeito de dengue, não exclui o diagnóstico.

O período adequado para a realização do isolamento viral é até o quinto dia da doença, principalmente os três primeiros dias.

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/qual-a-especificidade-e-sensibilidade-do-teste-rapido-da-dengue-e-que-tipos-existem/ (via RSS)