Conforme a extensão do assunto tendinose/tendinopatias, serão apresentadas condutas em termos gerais, especificando terapias físicas apenas para membros superiores. Na busca realizada, não foi encontrado estudo que comparasse AINES com fisioterapia, apenas estudos em que a fisioterapia era colocada como adjuvante. O tratamento pode ser dividido na fase aguda e de manutenção (prevenção de recorrências). Na fase aguda, é preconizado o repouso da estrutura comprometida, com aplicação de crioterapia (gelo local). O uso de AINES auxilia no alívio dos sintomas, sendo comum a regressão do quadro ao redor do 5º dia. Deve se manter a medicação por mais 7 a 14 dias para o adequado controle da inflamação. Não há fármaco de escolha, devemos ter cuidados com as co-morbidades do paciente (úlcera péptica, história de sangramento digestivo, insuficiência renal). O uso de injeções locais com corticóide também está indicado em situações específicas, mas deve ser procedida por profissional experimentado, pois existe o risco de ruptura dos tendões. As terapias na fase aguda devem visar a Proteção, Repouso, Gelo local (Ice), Compressão e Elevação – acrônimo PRICE. Na fase de manutenção / reabilitação o que se busca é restabelecimento da força, alívio da dor, diminuição da incapacidade e melhora postural. Existem as terapias físicas (ultra-som – ondas de choque extra-corpórea, calor local); terapias manuais (massagens – extremamente operador-dependente, devendo ser utilizada em situações individualizadas); e terapias com exercícios (programas de exercícios e alongamentos). Os programas de exercícios físicos domiciliares devem ser de fácil entendimento e execução, devendo ser individualizado e de acordo com o tipo de lesão. A duração da série deve ser de aproximadamente 30 minutos, devendo ser realizado duas vezes ao dia. Alguns tipos de exercícios encontram-se listados abaixo (para membros superiores):

– alongamento dos extensores do antebraço – exercícios de alongamento com barra (ombro, epicôndilos e punhos) – exercício fortalecimento do extensor do punho – fricção manual (para ‘cotovelo de tenista’) – alongamento do polegar (Síndr. Quervain e ‘dedo-em-gatilho’) – exercício Pendular (ombro) – exercício ‘subir na parede’ (bursites e tendinites do membro superior

 

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/qual-a-melhor-abordagem-de-pacientes-com-tendinose/ (via RSS)