Existem diversas possibilidades de se encontrar calcificações arteriais em exames de rotina ou para outros fins. Em pacientes assintomáticos deve-se investir fortemente no tratamento dos fatores de risco, medida que de todas as ações possíveis para este caso é a que comprovadamente mais reduz eventos cardiovasculares, mortalidade por eventos cardiovasculares e mortalidade geral. Em pacientes nefropatas em hemodiálise e em uso de fármacos a base de cálcio essas calcificações são esperadas e já existem alguns fármacos que comprovadamente reduzem as calcificações, mas ainda não há estudos que evidenciem redução de eventos cardiovasculares e/ou de mortalidade. A decisão de início destes novos fármacos é melhor realizada nos centros de hemodiálise. Pacientes com calcificações coronarianas e com sintomas de cardiopatia isquêmica devem ser tratados seguindo os passos do tratamento desta última doença. Da mesma forma, pacientes com calcificações em MMII e com sintomatologia de doença arterial periférica devem ser tratados conforme a gravidade dos sinais e sintomas clínicos que apresentam. A decisão de encaminhamento para especialista focal em cirurgia vascular ou cardiologia (no caso de calcificações coronárias), presta-se mais nos casos de pacientes sintomáticos de difícil controle com tratamento clínico ou suspeita de aneurisma.
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/qual-a-melhor-conduta-frente-a-achados-de-calcificacoes-arteriais-em-exames-de-raio-x/ (via RSS)