Em casos de hipertensão gestacional (caracterizada pela ocorrência de hipertensão arterial após a 20ª semana sem a presença de proteinúria), a conduta indicada é semelhante àquela para casos de pré-eclâmpsia (PE) leve, tomando-se o cuidado com os picos hipertensivos (D): repouso compulsório com restrição de exercícios físicos exagerados; evitar ganho excessivo de peso materno; proibir álcool e tabagismo; consultas quinzenais com avaliação laboratorial; rastrear crescimento fetal restrito; diagnóstico do bem-estar fetal; e, parto acompanhando as indicações obstétricas, com indicação eletiva no termo1. A Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial indica que, na prevenção de pré-eclâmpsia, não há estratégia inequivocamente efetiva para todas as gestantes2. Não se recomenda suplementação de cálcio (> 1g ao dia) para gestantes com ingestão normal desse micronutriente, e sim para aquelas com baixa ingestão de cálcio e em risco moderado e aumentado de PE2. A suplementação de cálcio (> 1g/d) é associada com redução do risco de PE, prematuridade e mais baixo risco de morte relacionada à hipertensão gestacional, particularmente em mulheres com dieta baixa em cálcio2. Há indicação do aumento da ingestão diária de Ca (pelo menos 1g ao dia) para toda a população de gestantes, particularmente as hipertensas crônicas, através da dieta3.

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/qual-a-recomendacao-nutricional-em-casos-de-hipertensao-gestacional/ (via RSS)