O serviço de Atenção Psicossocial Municipal, que tem como responsabilização a organização da demanda e da rede de cuidados em saúde mental no âmbito do território e que possui papel regulador na porta de entrada na rede de assistência; deve ser buscado pela equipe de saúde para orientação e melhor solução do caso, de forma multidisciplinar. Decisões que pontuem o risco/benefício devem ser tomadas inicialmente a nível municipal.

A Estratégia Saúde da Família (ESF) deve acolher a família de forma integral e sistêmica, a qual é objeto e sujeito do processo de cuidado e de promoção da saúde pelas equipes(1). O acompanhamento deverá ser realizado por toda a equipe, sendo em domicílio e na Unidade Básica de Saúde (UBS), tendo apoio também do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), com a presença principalmente do psicólogo e do assistente social(2).

O trabalho na atenção básica é longitudinal, ou seja, que o cuidado à saúde das pessoas deve acontecer ao longo do tempo, independentemente do usuário estar com alguma doença. A proximidade com o usuário, seu território e sua realidade vão auxiliar a construção deste processo de cuidado em que se espera uma fortificação do vínculo entre profissional de saúde e usuário. A criação do vínculo de confiança deve ser fortalecido por meio da escuta, do acolhimento, da garantia da participação da família na construção do Projeto Terapêutico Singular (PTS), da valorização da família enquanto participante ativa do tratamento(1) e organizando grupos de familiares para buscar criar laços de solidariedade entre seus membros participantes, para discutirem problemas comuns, enfrentarem situações difíceis e receberem orientação sobre o diagnóstico e participação no projeto terapêutico(3,4).

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/qual-o-papel-da-equipe-de-saude-da-familia-frente-ao-paciente-com-transtorno-mental-em-surto/ (via RSS)