O tratamento das litíases urinárias depende do tamanho, localização e composição dos cálculos, podendo adquirir caráter de urgência/emergência ou constituir um procedimento eletivo (1). Neste contexto, os fármacos isoladamente são usados na estratégia de observação conservadora dos casos de litíase urinária. Consiste na chamada Terapia Expulsiva Medicamentosa (TEM), que se baseia no uso de drogas relaxantes da musculatura ureteral a fim de reduzir a peristalse e aumentar o calibre funcional do ureter, facilitando a eliminação de cálculos ureterais menores que 8mm (2,3). Entre as principais drogas utilizadas, citam-se os bloqueadores de canais de cálcio (nifedipina) e os bloqueadores alfa-adrenérgicos (doxasozina, terasozina, tamsulozina), utilizados no tratamento da hiperplasia prostática benigna. Alguns protocolos associam corticóides a essas drogas com intuito de reduzir o edema ureteral e facilitar ainda mais a eliminação do cálculo (2-4). O emprego da terapia expulsiva requer controle contínuo do paciente, com avaliações clínica e de imagem semanais ou quinzenais. Tratamento intervencionista deve ser instituído caso não haja resposta clínica e progressão do cálculo, ocorram sinais de infecção ou piora de um quadro de ureterohidronefrose (2). Diretrizes das Associações Americana e Européia de Urologia recomendam uma espera assistida, com terapia expulsiva medicamentosa, nos pacientes com cálculos menores que 1 centímetro, além de um bom controle da dor (4).

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/qual-tratamento-farmacologico-pode-ser-usado-nos-casos-de-litiase-urinaria/ (via RSS)