Quais são as opções terapêuticas não medicamentosas para obesidade?

O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar, sendo que pode incluir intervenções não medicamentosas e medicamentosas. A mudança de estilo de vida é essencial, portanto o tratamento não medicamentoso deve estar associado a todos os tratamentos da obesidade¹ tais como: controle alimentar e atividade física, terapia cognitivo comportamental, grupos de educação em saúde, acupuntura e fitoterapia. Para isso, é fundamental que sejam elaboradas estratégias de manejo conjunto com o Núcleo de Atenção à Saúde da Família (NASF), que inclui educador físico, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista e outros profissionais....

Qual a recomendação sobre o teste de Schiller para rastreamento de lesão precursora de câncer de colo de útero?

Não existe evidência científica para o uso do Teste de Schiller como medida de rastreamento para lesões precursoras de câncer de colo de útero. O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras considerado padrão-ouro1 é o exame citopatológico (Grau A)2. O início da coleta deve ser aos 25 anos para as mulheres que já iniciaram vida sexual, e o intervalo entre os exames deve ser de três anos, após dois exames negativos com intervalo anual (Grau A)2....

Como realizar a suplementação de ferro na gestação e pós-parto?

A suplementação diária oral de ferro é recomendada como parte da assistência pré-natal para reduzir o risco de baixo peso no nascimento, anemia materna e deficiência de ferro1. Recomenda-se iniciar a suplementação de ferro oral a partir do conhecimento da gravidez até o terceiro mês após o parto para as gestantes2,3. A dose oral de ferro elementar para gestantes com hemoglobina (Hb) normal é de 30mg/dia,durante pelo menos três meses e até seis semanas pós-parto para reabastecer os estoques de ferro5....

Há indicação do uso de ácido acetil salicílico (AAS) para gestantes com risco de pré-eclâmpsia?

O uso de ácido acetil salicílico (AAS) em baixas doses é recomendado para gestantes de alto risco para pré-eclâmpsia (grau de evidência A) 1 por reduzir em 17% a incidência de pré-eclâmpsia e em 14% a morte fetal ou neonatal. A dose recomendada é de 60 a 150mg (dose baixa) iniciada entre 12 e 28 semanas de gestação2. A identificação precoce de pacientes com risco para pré-eclâmpsia através de fatores de risco ou testes preditores, pode auxiliar na instituição de medidas preventivas com fim de evitar ou retardar a apresentação da doença ou ainda reduzir sua gravidade....

Quais as indicações para a eletroconvulsoterapia (ECT)?

A eletroconvulsoterapia (ECT) é um tratamento biológico que a partir de uma convulsão induzida propõe benefícios terapêuticos para alguns quadros de transtornos psiquiátricos. Os avanços na anestesia e equipamentos de estimulação elétrica, a utilização de eletrodos e as formas de pulso melhoraram os efeitos colaterais e a segurança no tratamento que no início de sua utilização era marcadamente agressivo a integridade física, psíquica e aos direitos do paciente. As indicações para a eletroconvulsoterapia são: Depressão maior (episódio único ou recorrente); Transtorno afetivo bipolar (episódio depressivo, maníaco ou misto); Esquizofrenia não-crônica (sintomatologia afetiva ou catatônica proeminente), Transtorno esquizoafetivo, Transtorno esquizofreniforme....

Quais são as ações a serem realizadas pela Equipe de Estratégia de saúde da Família-ESF durante uma visita puerperal?

Os cuidados no puerpério devem ser individualizados, a fim de atender às necessidades da dupla mãe-bebê, respeitando as crenças e opiniões da mulher e de sua família sobre os cuidados nessa fase da vida¹. Devem incluir avaliação física e observação da mãe e da criança, cuidados com o recém-nascido (medicina), checagem de vacinação e a avaliação do aleitamento materno (2), empoderamento da família para os cuidados com o bebê e promoção de bem-estar fisiológico e emocional da família, além do eficiente reconhecimento de problemas relacionados ao período, que devem ser adequada e oportunamente avaliados¹....

Quando solicitar Eletrocardiograma na avaliação médica para a prática de exercício físico?

Tanto para adultos quanto para crianças e adolescentes, o ponto mais importante de cada avaliação médica com a finalidade em questão é fundamentá-la em anamnese detalhada e exame clínico minucioso (Recomendação Classe I), a partir dos quais o médico deve optar se o Eletrocardiograma (ECG) e outros exames complementares serão úteis ou não na busca por problemas que poderiam se tornar mais perigosos à saúde dos indivíduos que se submetem aos exercícios físicos....

Qual a segurança no uso de corticoides inalatórios na pediatria?

Os corticoides inalatórios (CI) são a primeira escolha para o tratamento de prevenção e controle da asma persistente na infância1(grau de evidência A). Em estudo de coorte histórica incluindo 30.569 asmáticos, o uso regular de corticoide foi associado à redução de 31% na taxa de hospitalização por asma e 39% nas readmissões1. Os CI podem ser usados em lactentes, pré-escolares e escolares. Contudo deve-se estar atento no tratamento de lactentes pois na situação clínica diária muitas vezes é difícil a diferenciação entre crianças com sibilância recorrente que têm asma e aquelas sofrendo de sibilância recorrente induzida por vírus2....

Qual o tratamento farmacológico da insônia no idoso?

Se não houver resposta as medidas não farmacológicas para manejo do paciente portador de insônia primária pode-se recorrer ao uso de medicamentos. O tratamento farmacológico da insônia deve melhorar a quantidade e qualidade do sono, melhorar a concentração durante o dia e causar mínimos efeitos adversos1. As medicações mais comumente utilizadas são não-benzodiazepínicos agonista dos receptores benzodiazepínicos, benzodiazepínicos, antidepressivos, anti-histamínicos, antipsicóticos e fitoterápicos. Contudo , as evidências sobre a eficácia e tolerabilidade dessas medicações variam e devem ser avaliadas no momento da prescrição sobretudo na população idosa...

Como fazer o acompanhamento da anticoagulação em paciente portador de fibrilação atrial com história prévia de AVC Isquêmico?

Pacientes com Fibrilação Atrial (FA) e Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC) prévio se beneficiam da terapia de anticoagulação oral na prevenção de novo evento isquêmico (grau de evidência A) 1. Apesar da população >75 anos ter maior incidência de eventos hemorrágicos com anticoagulação oral, esta população tem também risco aumentado para eventos tromboembólicos quando na presença de fibrilação atrial1. O monitoramento da anticoagulação é realizado através do Tempo de Ativação de Protrombina(TAP)....