Quanto tempo após o parto as puérperas podem ser vacinadas contra a febre amarela?

A vacina contra a febre amarela não está indicada para as mulheres que estejam amamentando crianças com até 6 meses de idade, independentemente do estado vacinal, devendo ser adiada até a criança completar 6 meses de vida. Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco de contrair a doença, o médico deverá avaliar o benefício/risco da vacinação....

A amamentação é contraindicada caso a mãe esteja com toxoplasmose ou contraia a doença no puerpério?

A toxoplasmose materna não contraindica a amamentação, em nenhuma das duas situações, uma vez que não há nenhuma evidência de que a toxoplasmose possa ser transmitida através do leite materno. A transmissão da doença pode ocorrer de três formas, primeiro pela ingestão de tecidos de animais infectados, contendo cistos de Toxoplasma, através de carne crua ou mal cozida, fonte de infecção comum para hospedeiros definitivos e intermediários, ou presas caçadas, fonte de infecção primária nos gatos; segundo pela ingestão de oocistos eliminados nas fezes de gatos, fonte de infecção comum para hospedeiros intermediários, os oocistos podem ser transportados por baratas, moscas e minhocas e; terceiro a infecção congênita, transplacentária, esta fonte de infecção é incomum nos cães e gatos, mas pode ser causa de aborto, natimortos ou mortalidade neonatal 1,2....

Quais os procedimentos para apoiar o Aleitamento Materno Exclusivo?

O Aleitamento Materno Exclusivo é definido pela Organização Mundial de saúde (OMS) como o recebimento pela criança de leite exclusivamente materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. A OMS também recomenda que o Aleitamento Materno Exclusivo ocorra até o 6º mês de vida da criança, devido aos benefícios traz à saúde da criança, da mãe e a sociedade....

Quais cuidados com as mamas devem ser repassados à gestante no pré-natal, principalmente quanto à exposição solar e estímulo mamário?

A “preparação” das mamas para a amamentação, tão difundida no passado, não tem sido recomendada de rotina. A gravidez se encarrega disso. Manobras para aumentar e fortalecer os mamilos durante a gravidez, como esticar os mamilos com os dedos, esfregá-los com buchas ou toalhas ásperas, não são recomendadas, pois na maioria das vezes não funcionam e podem ser prejudiciais, podendo inclusive induzir o trabalho de parto. Isso porque quando a mama é estimulada, o organismo produz ocitocina, hormônio que estimula a contração....

Que alimentos são recomendados para a introdução da alimentação complementar ao aleitamento materno após os 6 meses de idade?

A alimentação oferecida ao bebê após os 6 meses de idade deve ser composta por alimentos variados dos diferentes grupos alimentares: grãos (cereais e feijões), carnes, frutas e verduras. Devem-se oferecer diariamente alimentos de todos os grupos, variando-os durante as refeições como frutas e papas salgadas, a fim de garantir o suprimento de todos os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento adequados. A definição dos alimentos a serem oferecidos deve, ainda, respeitar a identidade cultural e alimentar das diversas regiões, resgatando e valorizando os alimentos regionais, ou seja, produzidos localmente....

Qual o tempo recomendado de aleitamento materno para garantir o ganho de peso adequado aos lactentes?

O tempo de permanência na mama para aleitamento materno não deve ser fixado, uma vez que o tempo necessário para esvaziar uma mama varia para cada dupla mãe/bebê, além de sofrer influência da fome da criança, do intervalo transcorrido desde a última mamada e do volume de leite armazenado na mama, entre outros1. O mais importante é que a mãe dê tempo suficiente à criança para esvaziar adequadamente a mama, possibilitando que receba o leite do final da mamada, que é mais calórico e promove sua saciedade, maior espaçamento entre as mamadas, ganho de peso adequado do bebê e manutenção da produção de leite suficiente para atender às suas demandas1....

Existe alguma evidência científica que contraindique o uso de anestésicos locais em puérperas?

O protocolo de Informações para o uso de medicamentos na gravidez e lactação da Universidade Federal do Ceará, baseado nas recomendações do uso de medicamentos durante a amamentação da Organização Mundial de Saúde (OMS), American Academy of Pediatrics (AAP), e da classificação Thomson, publicou a seguinte tabela em relação ao uso de anestésicos locais durante a amamentação: Cloridrato de bupivacaína (solução injetável): Compatível com a amamentação. (OMS). Cloridrato de lidocaína (solução injetável): Compatível com a amamentação (OMS)....

Quais recomendações devem ser dadas em relação ao “preparo das mamas”?

A “preparação” das mamas para a amamentação, tão difundida no passado, não tem sido recomendada de rotina. A gravidez se encarrega disso. Manobras para aumentar e fortalecer os mamilos durante a gravidez, como esticar os mamilos com os dedos, esfregá-los com buchas ou toalhas ásperas, não são recomendadas, pois na maioria das vezes não funcionam e podem ser prejudiciais, podendo inclusive induzir ao trabalho de parto. Isso porque quando a mama é estimulada, o organismo produz ocitocina, hormônio que estimula a contração....

Quais os riscos de alimentar um bebê com aleitamento artificial?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida, e a partir dessa idade, introdução de alimentos locais e ricos em nutrientes como complementação e a manutenção da amamentação até dois anos de idade ou mais” (RESOLUÇÃO 54.2, 2001, OMS). No que diz respeito à alimentação com leite artificial, podemos distinguir quatro tipos de riscos: para a criança, para a mãe, para o ambiente e para a sociedade....

Qual a via de parto mais indicada para gestantes portadoras de hepatite C? Essas mulheres podem amamentar?

O aleitamento materno não é contraindicado em mulheres com infecção pelo vírus da Hepatite C (HCV) (1). A transmissão de mãe para filho (vertical) é rara quando comparada à hepatite B. Entretanto, já se demonstrou que gestantes com carga viral do HCV elevada ou co-infectadas pelo HIV apresentam maior risco de transmissão da doença para os recém-nascidos. A cronificação ocorre em 70 a 85% dos casos, sendo que, em média, um quarto a um terço deles evolui para formas histológicas graves no período de 20 anos....