Qual a orientação para a prescrição de anti-hipertensivos no puerpério de pacientes com hipertensão crônica?

No puerpério, o fator primordial é não usar drogas que transpassem a barreira do leite materno (drogas citotóxicas). Nesse contexto podem-se utilizar: um bloqueador dos canais de cálcio (nifedipino de longa duração, dose máxima de até 120 mg/dia) ou um inibidor da enzima conversora da angiotensina (Captopril ou enalapril), as demais drogas desta classe medicamentosa não contam com estudos suficientes para liberação do uso em pacientes lactantes. Podem ser associados, também, diuréticos em doses baixas, (Hidroclorotiazida 12,5mg dia), e ainda betabloqueadores, como o metoprolol ou propranolol....

Quais são os anti-hipertensivos seguros na lactação em pacientes hipertensas prévias e/ou que desenvolveram hipertensão crônica após gestação?

A maioria dos anti-hipertensivos tem boa margem de segurança durante o aleitamento materno(3). Não há relato de contraindicação absoluta, mas é importante refletir que novos fármacos são comercializados e podem não trazer ainda dados suficientes de segurança do seu uso durante a amamentação. Assim sempre que possível, deve-se recomendar medicamentos cujo efeito durante este período já está estabelecido. A clonidina pode reduzir a secreção de prolactina e diminuir a produção de leite no período pós-parto imediato(5)....

Quais anti-hipertensivos podem ser utilizados na gestação?

O tratamento farmacológico inicial de escolha para hipertensão na gestação é feito com Metildopa, pois é a droga mais estudada e sem efeitos adversos para o feto. A dose inicial é de 250 mg, 2 a 3 vezes ao dia, aumentando a cada 2 dias conforme necessário, utilizar até de 6 em 6 horas (dose máxima de 3000 mg/dia). As contraindicações são hipersensibilidade, doença hepática ativa e uso concomitante com inibidores da Monoamina Oxidase (MAO)....

No tratamento da hipertensão, como realizar a escolha inicial e a progressão dos medicamentos anti-hipertensivos?

A escolha inicial do medicamento a ser usado no controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS) é constantemente submetida a numerosos estudos comparativos, nem sempre livres de vieses ou conflitos de interesses. Em meio a tantas informações, as diretrizes mais recentes mantêm a seguinte orientação: O que realmente importa é o montante da redução alcançada com a **medicação, e não com qual ou quais medicamentos se obtém tal redução. ** Dizendo de outro modo, para um mesmo nível obtido de pressão arterial (PA), utilizando-se diferentes drogas, a redução do risco de eventos cardiovasculares será a mesma....

Medicações anti-hipertensivas apresentam diferenças de efetividade no controle dos níveis pressóricos e nos efeitos colaterais conforme a dose utilizada e se usados em combinação?

Essa revisão sistemática mostrou que as cinco classes de drogas estudadas produziram reduções similares nos níveis pressóricos e foram efetivas sobre todos os níveis pré-intervenção quando comparadas com o placebo. Isso reforça a idéia que a escolha da medicação anti-hipertensiva deve ser determinada por sua capacidade de prevenir desfechos mórbidos, pelas características epidemiológicas e clínicas dos pacientes, além da comodidade posológica e custo. Mostrou também que a utilização da metade da dose-padrão de cada classe farmacológica reduziu o poder anti-hipertensivo em torno de 20% em relação à dose-padrão usual, sendo que a prevalência de efeitos adversos foi significativamente menor....