É necessário suspender a terapia anticoagulante para realização de exodontia?

As recomendações atuais são pela não-interrupção da terapia com antiplaquetários orais, pois o risco teórico de hemorragia pós-cirurgia dental é mínimo, sobrepujado em muito pelo risco de tromboembolismo consequente à suspensão da terapia anticoagulante. Para evitar risco de sangramentos pode-se lançar uso de medidas hemostáticas locais como suturas múltiplas com fio de seda, pressão no local, gelatina absorvível e/ou colágeno microfibrilar, respeitar o limite de 3 extrações por intervenção, adiar o procedimento nos casos de pressão arterial maior que 180/110 mmHg (1,2,3,4)....

A exodontia está contraindicada para pacientes idosos que realizaram ponte de safena?

Em caso de exodontia em idosos cardiopatas se faz necessário a avaliação cardiológica prévia ao procedimento, devido ao risco de desenvolvimento de complicações graves, tais como endocardite bacteriana e bacteremia(1,2). Quando realizada a ponte de safena em decorrência de um infarto agudo do miocárdio, antes de qualquer tratamento odontológico, o paciente deve ser cuidadosamente avaliado, pois nos primeiros seis meses o risco de recidiva, como reinfarto ou morte súbita, durante uma intervenção cirúrgica médica ou odontológica é aproximadamente 30% maior do que em pacientes normais(3)....

Quais são as medidas preventivas para evitar luxação de mandíbula durante a exodontia?

Pode-se utilizar os abridores de boca durante tratamentos que podem ser mais longos, pois os mesmos auxiliam na proteção da Articulação Temporomandibular – ATM(1). Aconselha-se também que o profissional durante a anamnese questione se o paciente já apresenta algum tipo de Disfunção da Articulação Temporomandibular – DTM, ou se já sofreu alguma luxação da mandíbula(1). Evitar atendimentos longos e caso não seja possível, promover durante o atendimento momentos de descanso da articulação(1)....

É adequado proceder exodontias no primeiro ano após radioterapia loco-regional?

Não realizar exodontias, em média, por cinco anos após a radioterapia. Intervir apenas nos casos sem alternativa, porém com antibioticoterapia profilática. A intervenção deve ser a menos traumática possível. É preciso ter muita cautela e envolver o médico do paciente, pois o risco de necrose é grande e, mesmo passado muitos anos após tratamento radioterápico, podem surgir complicações. Fonte: https://aps.bvs.br/aps/quais-sao-as-condutas-odontologicas-indicadas-para-pacientes-oncologicos-que-foram-submetidos-a-radioterapia-e-quimioterapia/ (via RSS) TAGS: Cirurgia BucalD19 Sinais/sintomas dos dentes / gengivasDentistaPrevenção e controle do câncerRadioterapia

Qual a idade para realização da cirurgia de correção das deformidades maxilares em paciente fissurado? Quais os objetivos do tratamento?

A correção cirúrgica das deformidades maxilares é mais bem realizada quando o esqueleto está maduro e os dentes foram ortodonticamente alinhados. O crescimento craniofacial está geralmente completo entre as idades de 14 e 16 anos, nas mulheres, e entre 16 e 18 anos, nos homens. Todavia, o crescimento esquelético é variável, e uma avaliação do fechamento da placa de crescimento epifiseal deve ser feita por meio de radiografia de punho(1)....

Nos casos de exodontia um fragmento radicular não retirado do alvéolo no período trans-operatório pode desencadear infecção?

O risco de um fragmento radicular desencandear quadros de infecção se apresenta nos casos de fraturas apicais de dentes com necrose pulpar, especialmente quando forem foco de processos infecciosos agudos. É assim devido à contaminação bacteriana que ocorre na intimidade da dentina, ou seja, nos túbulos dentinários. É uma região inacessível aos mecanismos de defesa do hospedeiro e aos antibióticos administrados, podendo perpetuar o processo infeccioso. Este, diante da ferida cirúrgica criada pela exodontia, pode ser reagudizado, assumindo proporções preocupantes e de difícil controle pelo cirurgião ....

Quais os cuidados pós-operatórios em casos de comunicação bucossinusal?

Logo que o cirurgião-dentista percebe que realizou uma a comunicação buco-sinusal ou oro-antral, deve certificar-se de que o dente foi completamente extraído e então remover todos os fragmentos de ossos que possam formar sequestro. A membrana mucosa sobre o alvéolo é tracionada por meio de suturas simples interrompidas e todo esforço deve ser feito para se obter um coágulo no alvéolo. Sob nenhuma circunstância deve-se preencher o alvéolo com qualquer material que possa impedir a cicatrização (1)....

Podemos realizar exodontias em pacientes que usam residronato de potássio para osteoporose?

Os dados da literatura ainda não são conclusivos entre o uso de bifosfonatos e o desenvolvimento de osteonecrose em pacientes com osteoporose. A literatura sugere que em casos de urgência odontológica, em pacientes utilizam bifosfonatos (como o risidronato de potássio), as exodontias não devem ser adiadas, devendo-se considerar a interrupção da administração do bifosfonato durante o período de cicatrização. Por outro lado, nos casos de exodontias que não configuram situação de urgência, a interrupção da terapêutica com bifosfonatos por alguns meses deve ser considerada, bem como durante o período de cicatrização....

Existe diferença entre o uso de esponjas de fibrina quando comparado a sutura simples em relação ao tempo de cicatrização após exodontias múltiplas?

Não foram encontradas revisões sistemáticas comparando o uso de esponja de fibrina em relação ao fio de sutura simples. A literatura relata que a esponja de fibrina é obtido a partir da fração I de Cohn, auxiliando o processo de coagulação do fibriogênio com a adição de trombina. Apresenta-se sob a forma de esponja e a secagem do produto ocorre à temperatura corporal. A esponja favorece a coagulação, pois representa um corpo rico em trombina....

Pacientes HIV positivo devem receber profilaxia antibiótica antes de realizar exodontias?

Foi encontrada uma revisão sistemática publicada por Patton, Shugars e Bonito (2002) abordando quais os riscos de pacientes HIV positivos submetidos a procedimentos odontológicos invasivos. Nesta revisão, os autores citam o trabalho de Robinson e colaboradores (1992), os quais sugeriram que pacientes HIV positivos submetidos à profilaxia antibiótica apresentam uma menor tendência em desenvolver alveolite seca quando comparados a pacientes HIV positivos que não receberam antibioticoterapia prévia. Entretanto, os pesquisadores não encontraram diferenças substanciais na razão entre o número de complicações pós-cirúrgicas de indivíduos HIV positivo e HIV negativo (Grau A)....