Ômega 3 pode ser usado para tratar dislipidemia? Quais outros tratamentos disponíveis?

Os Ácidos graxos ômega-3 (ω-3) são poli-insaturados derivados do óleo de peixes e de certas plantas e nozes. O óleo de peixe contém tanto o ácido docosa-hexaenoico (DHA) quanto o ácido eicosapentaenoico (EPA), mas os óleos de origem vegetal contêm predominantemente o ácido alfa-linolênico (ALA). Em altas doses (4 a 10g ao dia) reduzem os TGs e aumentam discretamente o HDL-C, podendo, entretanto, aumentar o LDL-C. Em um estudo inicial, a suplementação com ω-3 foi relacionada com benefício clínico, mas recentes metanálises não confirmam o benefício dessa terapia na redução de eventos cadiovasculares, coronarianos, cerebrovasculares, arritmias ou mortalidade global....

Quais as indicações para o uso de estatinas?

A dislipidemia, doença decorrente da elevação dos níveis de colesterol e/ou triglicerídeos, é considerada um fator de risco modificável e independente para eventos cardiovasculares. Portanto, independente dos demais fatores de risco presentes, a presença de dislipidemia indica o início do tratamento. O LDL é considerado fator causal e independente de aterosclerose e sobre o qual se deve agir para diminuir a morbimortalidade. O poder preditor de risco e a meta lipídica adotada para prevenção irão variar dependendo da associação com outros fatores de risco....

Qual seria a estatina mais indicada e compatível com os recursos do setor público (SUS), a ser empregada em pacientes com glicemia aumentada?

O tratamento da dislipidemia em pessoas com diabetes mellitus (DM), tanto como de outras pessoas, começa com a avaliação e identificação das causas secundárias que podem contribuir para a alteração do perfil lipídico. Modificação do estilo de vida, incluindo aumento da prática de atividade física e mudanças de hábitos alimentares, é o primeiro passo do tratamento. Muitas pessoas com DM possuem sobrepeso ou estão obesas e terão benefício da restrição calórica....

A partir de que idade e com que frequência é recomendado rastreamento de dislipidemia para a população adulta?

De acordo com o U.S. Preventive Task Force (USPSTF), é recomendado rastreamento para dislipidemias a partir dos 35 anos para homens e 45 anos para mulheres. Homens com idade entre 20 e 35 anos e mulheres com idade entre 20 e 45 anos que apresentem um único dos fatores de risco abaixo descritos para doença coronariana, também devem ser rastreados: diabetes; história prévia de doença coronariana ou doença aterosclerótica não coronariana (ex: aneurisma de aorta abdominal, doença arterial periférica, estenose de artéria carótida); história familiar de doença cardiovascular em homens abaixo dos 50 e mulheres abaixo dos 60 anos de idade; tabagismo; hipertensão; obesidade....

Posso usar metformina para o tratamento de dislipidemias?

Não existem estudos comparando metformina com agentes hipolipemiantes. Alguns poucos estudos demonstram reduções variáveis de triglicerídeos ou colesterol total com o uso de metformina comparado com placebo. Não há recomendação formal para o uso de metformina como droga hipolipemiante isoladamente, apesar de ser uma droga útil no combate à síndrome metabólica.     Fonte: https://aps.bvs.br/aps/posso-usar-metformina-para-o-tratamento-de-dislipidemias/ (via RSS) TAGS: A – Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistênciaB – Estudos experimentais ou observacionais de menor consistênciaDislipidemiasMédicoMetforminaT93 Alterações do metabolismo dos lipídeos

Quais as evidências dos benefícios versus efeitos adversos para o uso de sinvastatina para dislipidemia em idosos?

O uso de estatinas no adulto com dislipidemia como prevenção secundária de eventos cardiovasculares (pacientes com infarto de miocárdio prévio ou em alto risco para evento cardíaco isquêmico, como aqueles com angina, procedimento cirúrgico coronariano prévio ou estenose arterial coronariana) está associado a redução de mortalidade total e de eventos cardiovasculares1. Para prevenção primária de eventos cardiovasculares, o uso de estatinas parece também ser benéfico nos grupos de maior risco2....