Quais as complicações em mulheres que apresentam diabetes pré-gestacional? É necessário mudar a medicação durante a gestação?

A ocorrência de gestações em mulheres com diabetes pré-gestacional tem aumentado nas últimas décadas, segundo as estatísticas(1). O diabetes pré-gestacional pode resultar em complicações graves, sendo que seu efeito começa na fertilização e implantação, afetando de modo particular a organogênese. Esse fato faz aumentar o risco de aborto precoce, defeitos congênitos graves e retardo no crescimento fetal, sobretudo nos casos tratados de maneira inadequada. Além das complicações no concepto, as manifestações maternas também são relevantes, em especial na presença prévia de complicações, como retinopatia, neuropatia, nefropatia e vasculopatia(2)....

O que caracteriza uma gestação de alto risco?

Gestação de alto risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada”(1). Embora os esforços dos cientistas para criar um sistema de pontuação e tabelas para discriminar as gestantes de alto risco das de baixo risco não tenham gerado nenhuma classificação capaz de predizer problemas de maneira acurada, existem fatores de risco conhecidos mais comuns na população em geral que devem ser identificados nas gestantes, pois podem alertar a equipe de saúde no sentido de uma vigilância maior com relação ao eventual surgimento de fator complicador....

História de febre reumática na infância determina alguma conduta específica no pré-natal?

É fundamental o seguimento da gestante de alto risco com avaliações regulares e serviço de cardiologia, que irá avaliar o grau de comprometimento cardíaco e definir o tratamento. Cabe ao profissional da atenção básica, realizar a coordenação do cuidado e dar suporte às necessidades dessa gestante. Fonte: https://aps.bvs.br/aps/qual-o-acompanhamento-de-pre-natal-adequado-para-paciente-primigesta-1o-trimestre-com-historico-de-febre-reumatica-na-infancia/ (via RSS) TAGS: Cardiopatia ReumáticaCuidado Pré-NatalEnfermeiroFebre ReumáticaGravidez de Alto RiscoK71 Febre reumática/cardiopatia

Uma mulher, que teve antecedente de Zika, corre risco de ter um bebê com microcefalia quando engravidar?

Sim. As recomendações quanto ao tempo seguro entre a exposição ao vírus e a gravidez não são baseadas em dados robustos e esta questão ainda demanda mais pesquisas. Entretanto, segundo a agência controladora americana, Centers for Disease Control and Prevention (CDC), para homens e mulheres que tenham sido diagnosticados com zika vírus ou tenham tido possível exposição ao vírus, mesmo que não tenham sintomas, recomenda-se que os profissionais de saúde aconselhem:...

Como o NASF pode auxiliar as equipes de Saúde da Família para o cuidado às gestantes no acompanhamento pré-natal de alto risco?

Em conformidade com a lógica de trabalho recomendada a partir do apoio matricial, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família NASF) pode apoiar as equipes de Saúde da Família (equipes de SF) no cuidado às gestantes em acompanhamento pré-natal de alto risco através de diferentes ações, como por meio de consultas e grupos compartilhados com as equipes de SF, visitas domiciliares e outras estratégias definidas conforme a necessidade verificada caso a caso....

Quais os riscos da gestação nos extremos de idade – adolescentes e mulheres acima de 40 anos?

As gestações nos extremos da idade reprodutiva da mulher, em geral, apresentam piores desfechos para a mãe e para o bebê (1,2). No entanto, apesar de haver riscos gestacionais, gestantes saudáveis com idade menor do que 15 e maior do que 35 anos podem ser acompanhadas em pré-natal de baixo risco na própria Unidade de Saúde, exceto quando há intercorrências clínicas que motivem o encaminhamento para outros níveis de atenção. Gestantes adolescentes devem merecer atenção especial durante a assistência pré-natal, pois apresentam maior frequência de pré-natal inadequado (menor número de consultas e maiores índices de não comparecimento) e de recém-nascidos de baixo peso, quando comparadas às gestantes não adolescentes....

Como proceder na UBS com uma gestante que relata ser Rh negativo apenas na sua 5ª gestação?

Para a avaliação de uma gestante com história de Rh negativo é fundamental ter um exame confirmatório, saber o fator Rh do pai da criança e acompanhar, se necessário, por meio da verificação do exame de Coombs indireto, a situação sorológica da paciente (com a periodicidade que dependerá de sua idade gestacional). É muito importante avaliar se houve alguma das principais formas de exposição materna ao sangue fetal, como: deslocamento prematuro de placenta; abortamento espontâneo; morte fetal intraútero; gestação ectópica; mola hidatiforme; amniocentese; biópsia de vilosidades coriônicas; cordocentese; abortamento induzido; transfusão sanguínea intrauterina; versão externa; manipulação obstétrica e trauma abdominal....

Quais os riscos de uma gravidez acima dos 45 anos de idade?

Define-se gestação tardia aquela que ocorre após os 35 anos de idade. Entretanto, muitos ainda subdividem o grupo entre mulheres até 40 anos e com mais de 40 anos, por ser evidente o aumento do risco materno e perinatal ultrapassada a quarta década de vida da mulher. Dados de 2006 do DATASUS mostram um aumento de 7,9 para 9,6% de gestações neste período da vida. As mulheres que engravidam mais tardiamente, em grande parte dos casos, apresentam ótimo estado de saúde, gestações planejadas e desejadas, muitas vezes de reprodução assistida, não raro pela redução de fertilidade que a idade representa....

Qual o papel do Agente Comunitário no cuidado da gestante de alto risco?

É papel do Agente Comunitário de Saúde (ACS) no cuidado da saúde da gestante, seja ela de alto risco ou não, uma série de atividades, descritas abaixo: auxiliar na captação e orientação para que toda gestante inicie o mais precocemente o acompanhamento pré-natal; explicar sobre a importância de seguir o pré-natal adequadamente, enfatizando que isto leva a um menor chance de complicações na gravidez, tanto para a mãe como para o futuro bebê; orientar sobre a periodicidade das consultas; fazer a busca ativa de faltosas; encaminhar a gestante ao serviço de saúde ou avisar enfermeiro ou médico de sua equipe, caso a mesma apresente: febre, calafrio, corrimento de mau cheiro, perda de sangue, palidez, contrações uterinas frequentes, ausência de movimentos fetais, mamas endurecidas, vermelhas e quentes, e dor ao urinar; realizar visitas no período puerperal, acompanhando o processo de aleitamento materno e orientando a mulher e seu companheiro sobre planejamento familiar....

Qual a melhor forma de aconselhamento para gestantes de alto risco?

A caracterização de uma situação de risco não implica necessariamente referência da gestante para acompanhamento conjunto no pré-natal de alto risco. As situações que envolvem fatores clínicos mais relevantes (risco real) e/ou fatores preveníveis que demandem intervenções com necessidade de tecnologias mais duras, indisponíveis na atenção primária, De qualquer maneira, a unidade básica de saúde deve continuar responsável pelo acompanhamento conjunto das gestante que estiverem nos outros níveis de atenção....