Qual o nível de pressão arterial desejável para um paciente hipertenso com histórico de AVC isquêmico?

Na literatura, existe incerteza sobre quão intensiva deve ser a redução da pressão arterial em pessoas que tiveram um acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque isquêmico transitório (AIT), a fim de evitar um novo comprometimento cerebrovascular (1). Diretrizes recentes se posicionaram com diferentes conclusões sobre esta questão: as diretrizes europeias recomendam uma pressão arterial sistólica (PAS) alvo de 140 mmHg (ou superior) (B); e as diretrizes britânicas recomendam uma meta de 130 mmHg (1-3), meta pressórica também recomendada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia para hipertensos com lesão de órgão-alvo (4)....

Qual o papel do médico e da equipe de APS no manejo dos casos de pré-eclampsia?

O manejo dos casos de gestantes com pré-eclampsia é variável, a depender da gravidade do quadro clínico e da idade gestacional. Em todas as situações de pré-eclampsia a gestante deverá ser acompanhada conjuntamente em pré-natal de alto risco. Há situações em que também é necessário a hospitalização e, em casos de extremo risco de vida, a gestação deve ser interrompida. Não há uma terapêutica que seja considerada a melhor para a pré-eclampsia, doença que pode ocorrer em diversos momentos do ciclo gravídico-puerperal....

Qual o nível de pressão arterial desejável para um paciente hipertenso com histórico de AVC isquêmico?

Na literatura, existe incerteza sobre quão intensiva deve ser a redução da pressão arterial em pessoas que tiveram um acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque isquêmico transitório (AIT), a fim de evitar um novo comprometimento cerebrovascular (1). Diretrizes recentes se posicionaram com diferentes conclusões sobre esta questão: as diretrizes europeias recomendam uma pressão arterial sistólica (PAS) alvo de 140 mmHg (ou superior) (B); e as diretrizes britânicas recomendam uma meta de 130 mmHg (1-3), meta pressórica também recomendada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia para hipertensos com lesão de órgão-alvo (4)....

No tratamento da hipertensão, como realizar a escolha inicial e a progressão dos medicamentos anti-hipertensivos?

A escolha inicial do medicamento a ser usado no controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS) é constantemente submetida a numerosos estudos comparativos, nem sempre livres de vieses ou conflitos de interesses. Em meio a tantas informações, as diretrizes mais recentes mantêm a seguinte orientação: O que realmente importa é o montante da redução alcançada com a **medicação, e não com qual ou quais medicamentos se obtém tal redução. ** Dizendo de outro modo, para um mesmo nível obtido de pressão arterial (PA), utilizando-se diferentes drogas, a redução do risco de eventos cardiovasculares será a mesma....

Quais os riscos para um hipertenso que não toma medicação de forma correta?

A pressão alta ataca os vasos que se tornam endurecidos e estreitados. Se não é controlada, com o passar dos anos, os vasos afetados podem entupir ou romper. Quando isto acontece no coração, pode causar infarto; no cérebro, pode causar o derrame (chamamos de acidente vascular cerebral – AVC) ou um quadro de demência precoce. Além disso, a pressão alta pode levar à baixa de visão por afetar os vasos do fundo do olho e paralisação do funcionamento dos rins (quadro chamado de insuficiência renal) (1,2)....

Como deve ser o seguimento dos pacientes hipertensos pela Equipe de Saúde da Família?

Para o seguimento clínico, na APS, dos pacientes com hipertensão arterial (HA), o Ministério da Saúde1, recomenda que portadores de HA que não estiverem com a PA controlada, mas que estejam aderindo aos tratamentos recomendados, deverão realizar consulta médica para reavaliação, mensalmente até atingirem a meta pressórica. Uma vez controlados os níveis pressóricos, deve-se acompanhar o paciente conforme suas necessidades individuais e o seu risco cardiovascular. Sugere-se que as consultas sejam mensais, até atingir o nível pressórico desejado....

Que orientações nutricionais podem ser dadas pelo Agente Comunitário de Saúde a portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica?

Entre os hábitos de vida, a alimentação ocupa um papel de destaque no tratamento e na prevenção da hipertensão arterial sistêmica. Uma alimentação inadequada está associada de forma indireta a um maior risco de desenvolvimento de problemas no coração, podendo também predispor a outros fatores de risco como obesidade e dislipidemia (aumento do colesterol e/ou dos triglicerídeos). Várias modificações dietéticas demonstram benefícios sobre a pressão arterial, como a redução da ingestão de sal e álcool e a redução do peso (1,2)....

O uso de diuréticos tiazídicos no tratamento HAS reduzem os eventos cardiovasculares? Há diferença de eficácia entre a hidroclortiazida e clortalidona?

Sobre o uso de diuréticos tiazídicos no tratamento de HAS, grandes ensaios mostram redução de eventos cardiovasculares somente com clortalidona. A dúvida é: existe algum trabalho que mostre que a hidroclortiazida (HCTZ), com ajuste de posologia, tenha a mesma eficácia? E a clortalidona tem duração de efeito de 24 horas, enquanto a HCTZ de 12 horas? Realmente clortalidona foi a droga mais testada nos grandes ensaios clínicos, entre os diuréticos. Nesse contexto, ALLHAT é, provavelmente, o mais emblemático ensaio clínico, visto que tentou definir qual a melhor primeira droga para manejo da HAS (e usou clortalidona como diurético)....

Sobre o uso de diuréticos tiazídicos no tratamento de HAS (Hipertensão arterial sistêmica), qual é a melhor opção?

A clortalidona foi a droga mais testada nos grandes ensaios clínicos, entre os diuréticos. Nesse contexto, ALLHAT é, provavelmente, o mais emblemático ensaio clínico, visto que tentou definir qual a melhor primeira droga para manejo da HAS (e usou clortalidona como diurético). Há poucos estudos comparando diretamente os dois fármacos, e a maioria deles compara desfechos intermediários como redução da pressão arterial ou da hipertrofia ventricular (2,3), sempre com vantagem para a clortalidona....

Como trabalhar com pacientes hipertensos e diabéticos que não aderem ao tratamento farmacológico e à dieta?

Adesão é muito mais que simplesmente cumprir determinações do profissional de saúde; é ter autonomia e habilidade para aceitar ou não as recomendações dos profissionais de saúde, tornando-se participantes ativos do processo de cura (Pontieri & Bachin, 2010). O paciente torna-se mais ativo dentro deste processo de cura quando o vínculo com a equipe de saúde está fortalecido. Tendo em vista esta importância, o papel do agente comunitário de saúde (ACS) na adesão ao tratamento é essencial, pois é ele que aproxima o paciente da unidade de saúde....