Qual o tratamento farmacológico da insônia no idoso?

Se não houver resposta as medidas não farmacológicas para manejo do paciente portador de insônia primária pode-se recorrer ao uso de medicamentos. O tratamento farmacológico da insônia deve melhorar a quantidade e qualidade do sono, melhorar a concentração durante o dia e causar mínimos efeitos adversos1. As medicações mais comumente utilizadas são não-benzodiazepínicos agonista dos receptores benzodiazepínicos, benzodiazepínicos, antidepressivos, anti-histamínicos, antipsicóticos e fitoterápicos. Contudo , as evidências sobre a eficácia e tolerabilidade dessas medicações variam e devem ser avaliadas no momento da prescrição sobretudo na população idosa...

Como fazer o acompanhamento da anticoagulação em paciente portador de fibrilação atrial com história prévia de AVC Isquêmico?

Pacientes com Fibrilação Atrial (FA) e Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC) prévio se beneficiam da terapia de anticoagulação oral na prevenção de novo evento isquêmico (grau de evidência A) 1. Apesar da população >75 anos ter maior incidência de eventos hemorrágicos com anticoagulação oral, esta população tem também risco aumentado para eventos tromboembólicos quando na presença de fibrilação atrial1. O monitoramento da anticoagulação é realizado através do Tempo de Ativação de Protrombina(TAP)....

Como é feito o diagnóstico de Cardiomiopatia Hipertrófica?

A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é caracterizada por significativa hipertrofia do ventrículo esquerdo (VE), sem uma causa óbvia como hipertensão arterial ou estenosa aórtica. A doença acontece na proporção de 1:500 na população geral e tem caráter genético, com herança autossômica dominante. Muitos pacientes são assintomáticos, mas outros apresentam sintomas de insuficiência cardíaca diastólica, dor anginosa, síncope e morte súbita. Fonte: https://aps.bvs.br/aps/como-e-feito-o-diagnostico-de-cardiomiopatia-hipertrofica/ (via RSS) TAGS: Cardiomiopatia HipertróficaDestaque na homepageK84 Outras doenças cardíacasMédico

Como organizar o processo de trabalho no acolhimento a demanda espontânea?

Organizar-se exige que a equipe de saúde reflita sobre o conjunto de ofertas que ela tem apresentado para lidar com as necessidades de saúde da população, pois são todas as ofertas que devem estar à disposição para serem agenciadas, quando necessário, na realização da escuta qualificada da demanda. Torna-se necessário, portanto, refletir sobre o acesso da população aos serviços de saúde de atenção básica e os possíveis fatores que possam favorecer ou dificultar a entrada do usuário no sistema de saúde, como: número de usuários por equipe, organização da demanda espontânea, localização do estabelecimento, horários e dias de atendimento, infraestrutura adequada para o atendimento, entre outros....

Como abordar um paciente com quadro suspeito de neoplasia maligna, ainda sem confirmação diagnóstica?

Segundo o Artigo 34 do Código de Ética Médica é vedado ao médico deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal (1). Apesar dos avanços científicos e tecnológicos alcançados na Medicina, o câncer ainda é uma doença estigmatizante. Tanto para muitos profissionais médicos quanto para o doente e sua família, o diagnóstico de câncer continua sendo uma sentença de morte (2)....

Como e quando indicar a profilaxia com antibióticos em valvopatas?

A profilaxia com antibióticos em valvopatas está indicada em alguns casos selecionados, com o objetivo de reduzir o risco de uma endocardite bacteriana, que é uma complicação grave, ainda hoje com grande morbimortalidade, variando de 17 a 36%. A partir de 2007 houve uma reformulação das indicações de profilaxia antibiótica para endocardite em valvopatas, agora restrita a casos selecionados de pacientes de alto risco e procedimentos de alto risco. (indicação classe I, nível de evidência C)....

Quais as opções terapêuticas para Leishmaniose Visceral disponíveis no Sistema Único de Saúde?

O acesso universal e gratuito aos cuidados de saúde está previsto na Constituição Brasileira e é fornecido pelo Sistema Único de Saúde. Atualmente, existem três opções terapêuticas para Leishmaniose Visceral (LV) disponíveis no SUS: O antimoniato pentavalente, anfotericina B e anfotericina B lipossomal. A escolha de cada um deles deverá considerar a faixa etária, presença de gravidez e comorbidades. O Antimoniato pentavalente (de meglumina) foi o tratamento de primeira linha para LV por muitas décadas....

Como manejar pessoas com doenças raras na APS?

Pacientes que possuem diagnóstico de doenças raras devem ser acompanhados sempre que possível com a atenção especializada. Define-se doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100.000 indivíduos. Nesses casos compete a atenção primária¹: Realizar ações de promoção da saúde com foco nos fatores de proteção relativos às doenças raras; Desenvolver ações voltadas aos usuários com doenças raras, na perspectiva de reduzir os danos relacionados a essas doenças no seu território; Avaliar a vulnerabilidade e a capacidade de autocuidado das pessoas com doenças raras e realizar atividades educativas, conforme necessidade identificada, ampliando a autonomia dos usuários e seus familiares; Implementar ações de diagnóstico precoce, por meio da identificação de sinais e de sintomas, e seguimento das pessoas com resultados alterados, de acordo com as diretrizes técnicas vigentes, respeitando-se o que compete a este nível de atenção; Encaminhar oportunamente a pessoa com suspeita de doença rara para confirmação diagnóstica; Coordenar e manter o cuidado das pessoas com doenças raras, quando referenciados para outros pontos da rede; Registrar as informações referentes às doenças raras nos sistemas de informação vigentes, quando couber; Realizar o cuidado domiciliar às pessoas com doenças raras, de forma integrada com as equipes de atenção domiciliar e com os serviços de atenção especializada e serviços de referência em doenças raras locais e com demais pontos de atenção, conforme proposta definida para a região de saúde; Implantar o acolhimento e a humanização da atenção de acordo com a Política Nacional de Humanização....

Qual tratamento deve ser adotado para crianças diagnosticadas com hanseníase na forma multibacilar?

A hanseníase pode atingir pessoas de todas as idades, de ambos os sexos, no entanto, raramente ocorre em crianças. Observa-se que crianças menores de quinze anos adoecem mais em lugares onde há uma maior endemicidade da doença. Em crianças, o diagnóstico da hanseníase exige exame criterioso, diante da dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade. Para crianças com Hanseníase, a dose dos medicamentos do esquema padrão é ajustada de acordo com a idade e o peso....

Está indicado o uso de AAS na gestante hipertensa?

O uso de antiagregantes plaquetários em pequenas doses diárias (75 a 100mg) tem sido recomendado para gestantes com risco aumentado para desenvolver pré-eclâmpsia (1). Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia são primigestação, história prévia ou familiar, hipertensão crônica, diabetes, colagenose, raça negra, obesidade e trombofilias (1). Seguem as recomendações a respeito deste tema na literatura: Segundo o documento VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, para prevenção da pré-eclâmpsia não se recomenda prescrever ácido acetilsalicílico (AAS) para gestantes normais, porém em mulheres com risco moderado e elevado de pré-eclâmpsia o uso de baixas doses pode ser útil, sendo iniciado na 12a à 14a semana de gestação (2)....