Como pode ser manejada a câimbra noturna de membros inferiores idiopática?

Frente a um paciente com quadro de câimbra em membros inferiores (MMII) de origem idiopática, tranquilize-o que se trata de uma condição comum, sem causa conhecida e que pode se resolver espontaneamente. Procure aconselhar o paciente a respeito de algumas medidas para auto-manejo: Para aliviar um “ataque”: faça alongamentos e massageie a musculatura afetada. Por exemplo, para câimbra na panturrilha, alongue a perna e faça dorsiflexão do pé/tornozelo ou caminhe sobre o calcanhar por alguns minutos...

O uso associado de glucosamina e condroitina tem eficácia comprovada na redução dos sintomas da artrose?

Não foram encontrados estudos com boa qualidade metodológica que comparassem o uso da associação de glucosamina com condroitina e o placebo, para o alívio dos sintomas de pacientes com artrose. Entretanto, uma revisão sistemática da Cochrane avaliou o uso isolado da glucosamina no tratamento da artrose. Uma revisão prévia, de 2005, com 20 estudos e 2570 participantes mostrou que o sulfato de glucosamina (V.O, 1500mg/dia), produziu um benefício de 28% no controle da dor e um melhora funcional de 21%, sem efeitos colaterais....

O uso de cilostazol apresenta melhora sintomática comprovada para pacientes com doença arterial periférica? E o AAS?

Dados de múltiplos ensaios clínicos randomizados ou metanálises apontam que o cilostazol (100mg V.O 2x/dia) está indicado como um tratamento eficaz para a melhora dos sintomas e aumento da distância caminhada em pacientes com doença arterial periférica de membros inferiores e claudicação intermitente (na ausência de insuficiência cardíaca). O cilostazol tem propriedades vasodilatadoras e também de inibição plaquetária, mas não se conhece precisamente o seu mecanismo de ação. Um teste terapêutico com cilostazol deve ser considerado em todos os pacientes com claudicação intermitente e limitações das atividades do dia-a-dia (1)....

Qual o tratamento para otite externa fúngica?

Não foram encontrados estudos clínicos abordando o tratamento de otite externa fúngica. Baseado na opinião de especialistas, recomenda-se que o tratamento seja composto por: controle dos fatores predisponentes. Entre eles o uso crônico de gotas otológicas com esteroides e Diabetes mellitus descompensada (1). remoção mecânica meticulosa dos fungos e do macerado epitelial presentes no canal auditivo externo (1,2). uso de antifúngico tópico (2-4): como opção sugere-se o uso de Clotrimazol solução 1% de duas a três gotas no(s) ouvido(s) afetados por duas a três vezes por dia....

Qual o tratamento para doença do refluxo gastroesofágico?

ESOFAGITE E DOENÇA DO REFLUXO – A principal causa de esofagite é a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). A DRGE é uma doença crônica – a recorrência de sintomas com a interrupção do tratamento chega a 80%. A presença de esofagite à endoscopia pode predispor ao surgimento de estreitamento esofágico ou esôfago de Barrett. TRATAMENTO INICIAL – Uma revisão sistemática e quatro ensaios clínicos randomizados (ECRs) adicionais levam à conclusão de que há evidência de que os inibidores da bomba de prótons (IBPs) aumentam a cicatrização de esofagite na comparação com o placebo e com antagonistas de receptor H2....

Quais principais causas de tontura em idosos?

“Tontura” é um termo inespecífico geralmente utilizado pelo pacientes para descrever uma variedade de sintomas. Os problemas mais comuns relatados como tontura incluem vertigem, desequilíbrio, tontura inespecífica e pré-síncope. O primeiro e mais importante passo na avaliação é determinar a qual deles se refere o paciente. As proporções de pacientes com várias causas de tontura são: 40% possuem disfunção vestibular periférica; 10% têm lesão neurológica central (sistema vestibular ou tronco cerebral); 15% têm transtorno psiquiátrico; e 25% apresentam outros problemas, como pré-síncope e desequilíbrio....

Qual é o tratamento medicamentoso indicado para hipertensão arterial sistêmica em paciente masculino, meia idade, negro, obeso?

O tratamento medicamentoso da hipertensão arterial sistêmica tem como objetivo a prevenção de doença cardiovascular e renal. A escolha da medicação anti-hipertensiva deve ser determinada por sua capacidade de prevenir desfechos clínicos, pelas características epidemiológicas e clínicas dos pacientes, além da comodidade posológica e custo. Seguindo esses critérios, os Sumários Clínicos do Serviço de Saúde Britânico (Clinical Knowledge Summaries – CKS/NHS) recomendam, como primeiro passo, considerar as comorbidades dos pacientes ao escolher a medicação....

Quanto tempo após o tratamento da luxação de ombro o paciente esta apto à mobilização?

Devido a sua instabilidade, o ombro é a articulação que mais comumente sofre luxação. Ela é mais frequente em adultos jovens e de meia-idade. Em 95% das vezes, a luxação é anterior e, em 5% delas, posterior. A luxação pode ser acompanhada por lesão de manguito rotador, comprometimento neurovascular (especialmente o nervo axilar) ou fratura, o que justifica uma avaliação clínica e radiológica cuidadosa para garantir a adequação da redução....

Qual a melhor abordagem para pacientes com tosse persistente?

A abordagem de pacientes com tosse tem como passo inicial a determinação de sua duração. A tosse aguda resolve em até três semanas e tem como principais causas: infecção respiratória aguda, exacerbações de doenças crônicas pulmonares ou tromboembolismo. A tosse que persiste além desse período é considerada subaguda (entre três e oito semanas) ou crônica (acima de oito semanas). Falaremos aqui das principais causas de tosse subaguda e crônica, de sua abordagem diagnóstica e de seu tratamento....

Qual a melhor conduta para vaginose bacteriana recorrente?

A recorrência de vaginose bacteriana (VB) é comum. No caso de a paciente retornar com sintomas de corrimento vaginal após tratamento adequado, o primeiro passo é reconsiderar o diagnóstico. O exame especular e a coleta de secreção vaginal com swab são recomendados se ainda não foram feitos. Novos exames e investigações podem não ser necessários se um episódio prévio com sintomas semelhantes foi diagnosticado como VB, sinais e sintomas característicos estavam presentes e melhoraram após o tratamento, na ausência de manifestações clínicas ou laboratoriais de outras condições que cursam com corrimento vaginal....