Como devo proceder frente a um paciente com Doença de Chagas na fase crônica ou indeterminada da doença?

A literatura ainda é controversa em relação ao tratamento de pacientes com Doença de Chagas na fase crônica ou indeterminada da doença. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, todos os indivíduos infectados pelo T. cruzi devem ser tratados com nifurtimox ou benzonidazol, independentemente da situação clínica ou da fase da doença, embora as taxas de cura na fase crônica possam ser tão baixas quanto 8%. O Consenso Brasileiro em Doença de Chagas, elaborado pelo Ministério da Saúde no ano de 2005, relata que não há indicação de tratamento em larga escala para adultos na fase crônica na perspectiva de programas de saúde pública....

Como manejar paciente com pancreatite crônica não alcoólica?

O objetivo do tratamento da pancreatite crônica concentra-se no alívio da dor e na correção da má-absorção. Há 4 passos iniciais para o tratamento da pancreatite: suspender o uso de álcool, dieta hipolipídica, normalização dos triglicerídeos (triglicerídeos maior que 500mg/dL necessitam início imediato de medicação), e suspender drogas exacerbadoras (como a azatioprina). Realizados estes 4 passos podemos passar para o manejo da dor com paracetamol e/ou ibuprofeno, mas deve se ter em mente que muitos pacientes necessitam o uso de opióides em associação....

Há benefício em fazer uso combinado de AAS e Clopidogrel em relação ao AAS isolado, em caso de Síndrome coronariana aguda?

Clopidogrel, como terapia substitutiva ao AAS, nos casos de Síndrome coronariana aguda, deve ser reservada àqueles pacientes que não toleram AAS devido à hipersensibilidade ou intolerância gástrica1-2. (D) Revisão sistemática demonstrou que pacientes com Síndrome coronariana aguda sem elevação do segmento ST, tratados com AAS (75-325mg/dia) em combinação a Clopidogrel (300 md de dose de ataque, seguido de dose diária de 75 mg) tiveram redução de mortalidade por eventos cardiovasculares e Infarto Miocárdico não-fatal após tratamento continuado por 9 meses em relação ao grupo que utilizou isoladamente AAS (75-325mg/dia) neste período3....

Qual a dose máxima de ferro elementar para crianças?

A dose máxima de ferro elementar para crianças é de 6mg/kg/dia até atingir a dose máxima para adultos. Essa dose deve ser dividida em 3 tomadas longe das refeições. Fonte: https://aps.bvs.br/aps/qual-a-dose-maxima-de-ferro-elementar-para-criancas/ (via RSS) TAGS: A45 Educação em saúde/aconselhamento/dietaCriançaD – Opinião desprovida de avaliação crítica/baseada em consensos/estudos fisiológicos/modelos animaisFerro na DietaMédico

Qual melhor tratamento medicamentoso para hiperuricemia?

Não existem estudos bem delineados sobre o tratamento do ácido úrico elevado. Pesquisando em livros-texto atualizados pudemos elaborar a resposta que segue. O alopurinol é a estratégia terapêutica preferida, quando o paciente é um super produtor ou um sub-excretor de ácido úrico (alopurinol 300mg/dia). Também deve ser usado em pacientes com alta excreção de ácido úrico e que tenham história prévia de cálculos renais de ácido úrico ou insuficiência renal....

Qual o antidepressivo indicado para tratamento de pacientes com diagnóstico de artrite reumatóide?

Foi encontrado um único ensaio clínico randomizado, com 191 pacientes, que comparou os efeitos da Amitriptilina e Paroxetina no tratamento da depressão de pacientes com artrite reumatoide. Neste estudo, ambas as drogas foram efetivas na redução da sintomatologia da depressão e no alívio de dores crônicas. A amitriptilina teve um perfil de efeitos colaterais um pouco pior1.(A) Revisão sistemática que avaliou o efeito de antidepressivos sobre dores crônicas de pacientes com artrite reumatóide encontrou que antidepressivos Noradrenérgicos-Serotoninérgicos parecem ser um pouco mais efetivos que os Serotoninérgicos sobre a redução de tais dores2....

Quando devemos solicitar exames de imagem em pacientes com queixas de cefaléia crônica?

Não há consenso entre especialistas sobre quando pedir exames de imagem para casos de cefaleia crônica. Metanálise publicada em 2006 sugere que exames de imagem para diagnóstico de cefaleia crônica sejam solicitados nas seguintes situações: alguma anormalidade no exame neurológico; cefaléia em salvas; cefaléia não enquadrada em diagnóstico; presença de aura; cefaléia agravada pelo exercício ou manobra de Valsalva; cefaléia com vômitos. Os autores ainda sugerem que pacientes com cefaleia de início recente (especialmente se início tardio na vida adulta), mudança no padrão da cefaleia e cefaleia de início súbito que atinge intensidade máxima dentro de poucos segundo ou minutos após início da dor, são candidatos a exames de imagem....

Como deve ser feita a retirada gradual de prednisona em pacientes que fazem uso crônico dessa medicação?

Diversos são os esquemas propostos para retirada gradual da prednisona em pacientes que utilizam essa medicação de forma crônica. Quando se propõe um esquema de retirada de glicocorticóide, partimos do princípio de que o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal esteja suprimido. Se aceita que o uso de glicocorticóide por até sete dias, em qualquer dose, permite uma retirada abrupta, pois o eixo tem plenas condições de recuperação. A partir daí, é aconselhável imaginar-se que o eixo possa estar suprimido e a retirada deve ser lenta....

Como deve ser o re-tratamento de pacientes que não erradicaram o Helicobacter pylori com o esquema inicialmente proposto?

Esta resposta será baseada no II Consenso Brasileiro sobre Helicobacter pylori (H.p). De acordo com especialistas as opções terapêuticas abaixo listadas podem ser utilizadas para erradicação do H.p: Inibidor de bomba protônica (IBP) em dose padrão + amoxicilina 1,0 g + claritromicina 500 mg, duas vezes ao dia, durante 7 dias. IBP em dose padrão, uma vez ao dia + claritromicina 500 mg duas vezes ao dia + furazolidona 200 mg duas vezes ao dia, durante 7 dias....

Como proceder frente a um laudo de exame citopatológico de colo de útero com metaplasia?

Pacientes com vida sexual ativa e que apresentem, no resultado do exame citopatológico de colo de útero, metaplasia escamosa matura, com sua diferenciação já definida, não deve ser considerada como inflamação e, eventualmente nem necessita ser citada no laudo, exceto na indicação dos epitélios representados, para caracterizar o local de colheita. Nesses casos, a conduta clínica é seguir a rotina de rastreamento citológico. A palavra “imatura”, em metaplasia escamosa, foi incluída na Nomenclatura Brasileira buscando caracterizar que esta apresentação é considerada como do tipo inflamatório....