Como saber se um paciente com traço talassêmico está ou não desenvolvendo anemia ferropriva? Qual o nível de hemoglobina aceitável para não ser necessário investigar?

Não foram encontradas revisões sistemáticas que demonstrassem um nível exato de hemoglobina sérica a partir da qual pacientes portadores de traço talassêmico deveriam ser investigados para anemia por deficiência de ferro. Porém, de acordo com a opinião de especialistas os pacientes portadores de traço talassêmico mantém, em geral, sua hemoglobina ao redor de 10,5 e 11mg/dl e nos casos destes pacientes apresentarem hemoglobina menor que 10mg/dl deve-se levantar a hipótese diagnóstica de anemia por deficiência de ferro....

Deve-se erradicar o Helicobacter pylori em pacientes com metaplasia intestinal na Endoscopia Digestiva Alta? Como deve ser o acompanhamento endoscópico desses pacientes?

Não foram encontrados estudos com adequado rigor metodológico que indicassem a periodicidade ideal do acompanhamento endoscópico em pacientes com metaplasia intestinal, portanto essa resposta será baseada na opinião de especialistas. A causa mais freqüente de gastrite é a infecção da mucosa gástrica pelo Helicobacter pylori (H.p). A inflamação determinada pelo H.p pode produzir perda glandular, desenvolvimento de atrofia, metaplasia intestinal e até displasia. Pacientes que apresentem metaplasia intestinal no resultado da Endoscopia Digestiva Alta (EDA) e que sejam portadores de H....

Devo suplementar a Vitamina D em todos recém nascidos?

A suplementação de vitamina D de forma rotineira ainda permanece controversa. A UNICEF recomenda suplementação de vitamina D (200 a 400UI/dia) quando a luz solar for inadequada e em alguns bebês que tem um risco mais alto de deficiência (ex. crianças de pele escura). Por outro lado, a Academia Americana de Pediatria relata que o uso da vitamina D deve ser iniciado em todas as crianças, durante os 2 primeiros meses de vida....

É necessário encaminhar gestante que realizou vacina contra rubéola para serviço secundário?

Não. As gestantes não devem ser encaminhadas a um centro de referência. Elas devem ser acompanhadas normalmente na unidade porque a vacina não tem efeitos teratogênicos no feto. Deve-se solicitar um exame de sangue para avaliar o perfil sorológico (IgG e IgM) para a rubéola das gestantes vacinadas inadvertidamente, realizar o acompanhamento daquelas consideradas susceptíveis e o seu recém-nascido (RN). Nas situações em que ocorrer a vacinação em gestantes, é imprescindível fazer o registro e o acompanhamento destas mulheres, através do protocolo definido e recomendado pelo Ministério da Saúde....

Há benefício em acrescentar Ácido Acetilsalicílico (antiplaquetário) para paciente com história de AVC isquêmico prévio em uso de Varfarina (anticoagulante oral)?

Está bem comprovado que tanto o uso de antiplaquetários, como o de anticoagulantes orais, são benéficos para prevenção secundária de AVC isquêmico para pacientes com Fibrilação Atrial. Na comparação entre os dois, também está claro que o efeito benéfico da Varfarina é superior ao do AAS. Revisão sistemática que procurou comparar o uso de AAS associado com Varfarina, tendo como meta um RNI de 1,2-1,5 (mais baixo que o usualmente buscado), com o uso isolado de Varfarina (meta de RNI entre 2,0 e 3,0) , mostrou que a associação não obteve resultados melhores que o uso isolado do anticoagulante oral....

Quais gotas otológicas eu posso utilizar em pacientes com perfuração timpânica?

Uma revisão sistemática encontrada na Cochrane evidenciou que o uso tópico de quinolona é superior ao não tratamento ou uso de anti-sépticos tópicos em relação à melhora da supuração auricular crônica em pacientes com perfuração timpânica. Outros antibióticos (sem corticóides), que não quinolonas, não mostraram efeito tão benéfico em relação ao não tratamento ou uso de antisépticos. Os autores dessa revisão sistemática sugerem que novos estudos sejam realizados a fim de esclarecer os riscos de ototoxicidade e se as quinolonas podem causar menos eventos adversos do que outros tratamentos tópicos ou sistêmicos....

Qual a classificação e tratamento para insuficiência venosa?

Não existe apenas uma classificação para doença venosa. Essa resposta será fundamentada na classificação e graduação da doença venosa dos membros inferiores (CEAP – classificação clínica (C), etiológica (E), anatômica (A) e patológica (P)). Esta classificação foi proposta e realizada no fórum Americano de Doenças Venosas preparado por um “Comitê AD HOC”. É também organizada em termos decrescentes de gravidade da doença. Classificação clínica da doença venosa (CEAP) a) Classe 0 – Não visível ou palpável sinais de doença venosa...

Qual a melhor opção para prevenção secundária de Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico: Ácido Acetilsalicílico ou Clopidogrel?

Revisão sistemática que comparou o uso de Tienopiridinas (Clopidogrel/Ticlopidina) com o uso de AAS para prevenção de eventos isquêmicos para pacientes com alto risco cardiovascular (em especial AVC ou Acidente Isquêmico Transítório (AIT) prévios) mostrou que o uso de Tienopiridinas reduziu muito discretamente o número de eventos cardiovasculares maiores em relação ao uso do AAS e não teve qualquer diferença quanto à redução da mortalidade por qualquer causa. Dentre as Tienopiridinas, o Clopidogrel é a droga de primeira escolha, haja vista o perfil mais seguro em relação a seus efeitos colaterais, quando comparada à Ticlopidina....

Qual melhor tratamento medicamentoso para cessação do tabagismo: Bupropiona ou Reposição de nicotina?

Não foram localizados estudos que comparassem grupos de pacientes tabagistas em uso de nicotina com grupo de pacientes tabagistas em uso de bupropiona em relação à taxa de cessão do tabagismo. A maior parte dos estudos encontrados comparou o uso de tratamento medicamentoso ao uso de placebo. De acordo com o Consenso de Abordagem e Tratamento do Fumante existem, no momento, algumas medicações de eficácia comprovada na cessação de fumar....

Qual o melhor tratamento para úlceras de membros inferiores?

Inicialmente é muito importante fazermos o diagnóstico preciso do tipo de úlcera que o paciente apresenta para que possamos individualizar o tratamento e tomar conhecimento das possíveis complicações. Segue abaixo uma diferenciação diagnóstica de cada tipo de úlcera de membros inferiores. Diagnóstico Diferencial das Úlceras de Membros Inferiores ISQUÊMICA Causa: Arteriosclerose obliterante, tromboangeíte, oclusão arterial aguda. Localização: Dedos, pé, calcâneo, terço distal da perna Dor: Intensa Número: Única Outros dados: Bordos irregulares com base pálida...