Em um paciente com diabetes mellitus, qual o critério para considerarmos que ele tem um pé diabético?

Pé diabético é a infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos associados com anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica no membro inferior. Na prática, quando um profissional de saúde examinar os pés de um paciente diabético e notar alteração da sensibilidade da pele, presença de hiperemia, hipertermia, deformidades, edema, calos, feridas (ulcerações) com ou sem secreção ou gangrena, estará diante de um “pé diabético”(1). A avaliação frequente dos pés de pacientes com diabetes é importante para identificar aqueles com risco de desenvolver ulceração nos pés e amputação....

Deve-se suspender o uso de metformina em pacientes diabéticas que engravidam?

O uso da metformina é seguro na gestação, inclusive no primeiro trimestre e pode ser mantido em pacientes diabéticas que engravidam. Fonte: https://aps.bvs.br/aps/deve-se-suspender-o-uso-de-metformina-em-pacientes-diabeticas-que-engravidam/ (via RSS) TAGS: Diabetes MellitusGestantesMédicoMetforminaT89 Diabetes Insulinodependente

Qual profissional de saúde tem competência para avaliação do pé diabético com uso de estesiômetro?

A avaliação regular dos pés da pessoa com Diabetes Mellitus (DM) com estesiômetro, deve ser realizada por profissionais de nível superior e/ou profissional capacitado 7 segundo a periodicidade recomendada 1; 16 . Contudo ressalvamos de que é de responsabilidade da equipe multidisciplinar da Atenção Básica em Saúde/Atenção Primária em Saúde (ABS/APS) realizar avaliação e acompanhamento integral a pessoa portadora de pé diabético ou DM; conforme descrito no Manual do pé diabético do Ministério da Saúde (2016)....

Como avaliar os pés dos pacientes diabéticos? É indispensável usar monofilamento para testar sensibilidade?

Todos os indivíduos diabéticos devem receber avaliações dos pés, começando ao diagnóstico no diabetes tipo 2 e cinco anos após diagnóstico no diabetes tipo 1. Manter reavaliações pelo menos anuais (reduzir intervalo se maior risco) com testes clínicos simples. Deve-se realizar inspeção da integridade da pele, avaliar existência de deformidades musculoesqueléticas, examinar pulsos e pesquisar perda de sensibilidade nos pés. É importante buscar e registrar apropriadamente os fatores de risco para ulcerações e amputações:...

A escola pode fazer controle de glicemia e aplicação de insulina em criança com diabetes tipo I ?

Não existe uma determinação nacional sobre o assunto, mas resoluções estaduais podem ser utilizadas para exemplificar como essa questão tem sido resolvida localmente. Uma resolução estadual do Paraná¹ estabelece que toda instituição de ensino daquele estado deve conter minimamente uma sala de observação na qual deve-se manter auxiliar de enfermagem, ou pelo menos professor ou funcionário com curso de primeiros socorros, responsável pela sala. Essa resolução permite administração de medicamentos de uso contínuo, desde que autorizados e entregues pelos pais ou responsáveis e identificados, com nome do aluno, posologia e receita médica....

É possível utilizar um hipoglicemiante oral em paciente cirrótico com diabetes iniciada após a cirrose, ou a insulina deve ser a primeira escolha?

É possível sim utilizar hipoglicemiantes orais em pacientes cirróticos. Os medicamentos mais comumente utilizados – metformina e glibenclamida – não são hepatotóxicos e cirrose, por si só, não configura contraindicação. Contudo, nos casos de insuficiência hepática significativa, é necessário cautela uma vez que a toxicidade própria do medicamento pode ser potencializada – risco de acidose lática para metformina (muito raro) e hipoglicemia para glibenclamida – sendo preferível o tratamento com insulina....

Qual a orientação para a aplicação da mistura de insulina NPH com insulina regular?

A mistura de insulina permite maior flexibilidade de dose, porém requer mais destreza dos pacientes do que o uso de insulina pré-misturada(1). A escolha do sistema de administração de insulina depende da preferência, necessidade pessoal(1) e o objetivo da intervenção terapêutica. Quando o médico prescreve mistura de insulina de ação intermediária (NPH –N) com insulina de ação rápida (Regular – R) o objetivo é melhorar o tratamento com as ações complementares destas insulinas, numa mesma aplicação (2, 3, 4)....

Há diferença em desfecho de morbimortalidade entre os medicamentos succinato de metoprolol e tartarato de metoprolol? E entre o metoprolol e o carvedilol?

Carvedilol e sucinato de metoprolol são efetivos para redução de morbimortalidade de pessoas com insuficiência cardíaca (IC), mas não há Ensaios Clinicos Randomizados (ECR) comparando diretamente um ao outro. Comparações de carvedilol com tartarato de metoprolol (estudo COMET) definem a superioridade do primeiro, mas houve limitações importantes, como por exemplo, a falta em compará-los para o mesmo nível de bloqueio beta. Nele, o tartarato de metoprolol foi utilizado em doses menores do que em outros estudos desta droga....

Como insulinizar o paciente com DM2? Com quais doses começar?

A insulinoterapia, assim como todas as condutas médicas, deve ser individualizada levando em consideração aspectos próprios de cada paciente. Lembrando que as informações e ideias aqui contidas são apenas uma sugestão de conduta, feita à distância, em um contexto de segunda opinião formativa, que deve ser analisada e incorporada/adotada ou não, de acordo com o julgamento clínico do médico que assiste ao paciente, sendo esse, portanto, o único responsável pelas condutas tomadas, devendo, na adoção da insulinoterapia, ter especial atenção às comorbidades do paciente, ao grau, frequência e horários de hiperglicemia (visualizada pela auto-monitorização glicêmica domiciliar), aos riscos associados à hipoglicemia e à capacidade de resolução das mesmas....

O que fazer diante de um paciente com diabetes mellitus com controle glicêmico ruim?

A American Diabetes Association (ADA) e European Association for the Study of Diabetes (EASD) elaboraram uma diretriz de consenso1, em 2006, para a tratamento para diabetes tipo 2, as quais recomendam mudança de estilo de vida – MEV – juntamente com a administração de metformina (na ausência de contra indicações), como tratamento inicial de escolha de DM2 (MEV isoladamente poderiam ser tentadas durante 3 a 6 meses em indivíduos pouco sintomáticos e muito motivados com A1C<7,5%) (Nível A)....