Quais são as causas e quando devemos tratar a hipertrigliceridemia?

Casos leves (entre 150 e 199 mg/dL) a moderados (entre 200 e 999 m/dL) estão relacionados à dislipidemia poligênica e a hábitos de vida. Casos graves (entre 1000 e 1999 mg/dL) e muito graves (acima de 2000 mg/dL) podem dever-se a causa secundária ou dislipidemia primária de padrão familiar. Fonte: https://aps.bvs.br/aps/quais-sao-as-causas-e-quando-devemos-tratar-a-hipertrigliceridemia/ (via RSS) TAGS: Agente Comunitário de SaúdeDoenças MetabólicasHipertrigliceridemiaT93 Alterações do metabolismo dos lipídeos

Que opções de tratamento da hipercolesterolemia quando contraindicado o uso de sinvastatina?

A primeira opção é reavaliar a indicação de medicamentos hipolipemiantes. A hipercolesterolemia, exceto a familiar, não é, por si só, uma condição que requeira tratamento, especialmente o farmacológico. A instituição do tratamento para tal condição dependerá de uma avaliação global do risco cardiovascular e de uma tomada compartilhada de decisão com a pessoa sob cuidado, incluindo a informação sobre potencial de redução do risco absoluto e potencial de dano de cada alternativa considerada....

Quais são os valores referenciais dos triglicerídeos séricos para o início de tratamento medicamentoso?

Segundo a Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose de 2017, no qual sofreu modificações neste ano, os valores referenciais e os alvos terapêuticos foram determinados de acordo com o risco cardiovascular individual e com o estado alimentar, sendo os usuários com valores entre 150 e 499 mg/dL devem receber terapia individualizada, com base no risco cardiovascular e nas condições associadas, considerando que usuários com valores ≥ 500 mg/dL devem receber terapia apropriada para redução do risco de pancreatite, no qual são recomendados, inicialmente, junto das medidas não farmacológicas (1)....

Ômega 3 pode ser usado para tratar dislipidemia? Quais outros tratamentos disponíveis?

Os Ácidos graxos ômega-3 (ω-3) são poli-insaturados derivados do óleo de peixes e de certas plantas e nozes. O óleo de peixe contém tanto o ácido docosa-hexaenoico (DHA) quanto o ácido eicosapentaenoico (EPA), mas os óleos de origem vegetal contêm predominantemente o ácido alfa-linolênico (ALA). Em altas doses (4 a 10g ao dia) reduzem os TGs e aumentam discretamente o HDL-C, podendo, entretanto, aumentar o LDL-C. Em um estudo inicial, a suplementação com ω-3 foi relacionada com benefício clínico, mas recentes metanálises não confirmam o benefício dessa terapia na redução de eventos cadiovasculares, coronarianos, cerebrovasculares, arritmias ou mortalidade global....

Pacientes com níveis elevados de colesterol e triglicerídeos devem ser tratados com fibrato associado a estatinas ou usar apenas o fibrato? Depois de quanto tempo de tratamento repetir os exames para acompanhamento?

Vou dividir essa resposta em duas partes: tratamento da hipertrigliceridemia e tratamento da hipercolesterolemia. O tratamento farmacológico da hipertrigliceridemia está indicado somente se o seu paciente apresentar triglicerídeos acima de 500mg/dL (algumas referências utilizam como ponto de corte 1.000mg/dL). O tratamento nestes casos justifica-se em função do risco de pancreatite aguda. Não há benefício de tratamento de hipertrigliceridemia para desfechos cardiovasculares. O tratamento inicial, além das medidas não-farmacológicas (fundamentais sempre), inclui a prescrição de fibratos (genfibrozil 600 mg VO 2x/dia; fenofibrato 200mg VO 1x/dia)....

A sinvastatina é a estatina mais adequada a ser empregada no SUS?

As estatinas (inibidores da HMG-CoA redutase) são os medicamentos de primeira linha para reduzir os níveis de LDL-Colesterol em adultos (18-55%). A ação é decorrente da inibição da HMG-CoA redutase, enzima responsável pela síntese do colesterol. As estatinas também elevam o HDL-C de 5-15% e reduzem os triglicerídeos de 7-30%, podendo também ser utilizadas no tratamento das hipertrigliceridemias leves a moderadas. As estatinas diminuem os eventos isquêmicos coronarianos, a necessidade de revascularização do miocárdio, a mortalidade por causas cardíacas e totais e os acidentes vasculares cerebrais....

Quais as indicações para o uso de estatinas?

A dislipidemia, doença decorrente da elevação dos níveis de colesterol e/ou triglicerídeos, é considerada um fator de risco modificável e independente para eventos cardiovasculares. Portanto, independente dos demais fatores de risco presentes, a presença de dislipidemia indica o início do tratamento. O LDL é considerado fator causal e independente de aterosclerose e sobre o qual se deve agir para diminuir a morbimortalidade. O poder preditor de risco e a meta lipídica adotada para prevenção irão variar dependendo da associação com outros fatores de risco....

Quanto tempo após normalização dos níveis de colesterol podemos suspender as estatinas?

O objetivo do tratamento da dislipidemia com estatinas depende de sua indicação. Seu efeito benéfico parece não ocorrer apenas pela redução isolada dos níveis de colesterol, mas por somar-se na estratégia de redução de risco cardiovascular em indivíduos com fatores de risco ou doença estabelecida. Para prevenção secundária de eventos coronarianos isquêmicos e de acidentes vasculares cerebrais isquêmicos, bem como em indivíduos com alto risco cardiovascular (acima de 1,5% ao ano), o uso de estatinas diminui a incidência de eventos isquêmicos e a mortalidade....

Posso usar metformina para o tratamento de dislipidemias?

Não existem estudos comparando metformina com agentes hipolipemiantes. Alguns poucos estudos demonstram reduções variáveis de triglicerídeos ou colesterol total com o uso de metformina comparado com placebo. Não há recomendação formal para o uso de metformina como droga hipolipemiante isoladamente, apesar de ser uma droga útil no combate à síndrome metabólica.     Fonte: https://aps.bvs.br/aps/posso-usar-metformina-para-o-tratamento-de-dislipidemias/ (via RSS) TAGS: A – Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistênciaB – Estudos experimentais ou observacionais de menor consistênciaDislipidemiasMédicoMetforminaT93 Alterações do metabolismo dos lipídeos