Qual o tratamento farmacológico de primeira escolha para pacientes portadoras da Síndrome dos Ovários Policísticos com alterações dermatológicas (acne e hirsutismo)?

O anticoncepcional hormonal oral (ACHO) é o tratamento farmacológico de primeira escolha para pacientes com Síndrome de Ovário Policístico (SOP) com alterações dermatológicas (acne e hirsutismo), dependendo da gravidade e do objetivo do tratamento.(1,2,3,4) Quanto à escolha do tipo de ACHO, sugere-se ACHO contendo 20mcg de etinilestradiol associado com qualquer tipo de progestogêno. Tal recomendação considera a equivalência de benefícios dos diferentes progestógenos como antagonistas do receptor de andrógenos(1,3). Entretanto, ressalta-se que os ACHOs podem aumentar o risco de hipercoagulabilidade e trombogenia, exigindo cautela em pacientes com história de doenças vasculares....

Como investigar um resultado de ferritina elevado?

Os casos de hiperferritinemia devem ser inicialmente investigados repetindo-se a dosagem de ferritina, além da dosagem de saturação de transferrina e hemograma com plaquetas. Deve-se investigar se o paciente tem história familiar de sobrecarga de ferro ou cirrose, história de reposição de ferro em excesso ou sobrecarga secundária a transfusões, uso crônico de álcool, presença de infecções, neoplasias ou outras doenças crônicas. Fonte: https://aps.bvs.br/aps/como-investigar-um-resultado-de-ferritina-elevado-2/ (via RSS) TAGS: FerritinasMédicoT99 Doenças endócrinas / metabólicas / nutricionais / outrasTransferrina

O que é hiperprolactinemia? Como deve ser a abordagem na Atenção Primária?

Prolactina é um hormônio produzido pela adeno-hipófise, cuja função primordial em humanos é contribuir para o desenvolvimento e maturação da mama durante a gravidez e para a subsequente produção de leite durante a lactação. Hiperprolactinemia é a alteração endócrina mais comum do eixo hipotálamo-hipofisário e pode ser a etiologia em 20% a 25% das pacientes com amenorreia secundária. Na APS, frente a um paciente com hiperprolactinemia, deve-se iniciar a abordagem pela pesquisa de causas fisiológicas e medicamentosas, que podem ser afastadas por meio de cuidadosa história clínica, exame físico e teste de gravidez em mulheres em idade fértil....

Por que os diabéticos são mais vulneráveis à amputação de dedos, pés ou pernas?

Os diabéticos são mais vulneráveis a amputação de membros inferiores, pois o Diabetes Mellitus é uma doença metabólica crônica e se caracteriza por uma variedade de complicações, entre as quais se destaca o pé diabético, considerado um problema grave e com consequências muitas vezes devastadoras diante dos resultados das ulcerações, que podem implicar em amputação de dedos, pés ou pernas. (1). A neuropatia diabética, que é quando os nervos responsáveis pela nossa sensação de dor e tato estão afetados pelo diabetes, pode causar perda da sensibilidade protetora dos pés, deixando-os mais sujeitos a machucados, feridas ou até mesmo amputação de parte dos membros inferiores (dedos, pés, perna) (2)....

O que é fenilcetonúria?

A fenilcetonúria é uma doença relacionada a uma alteração genética rara, que afeta aproximadamente 1 a cada 10.000 pessoas e envolve o metabolismo de proteínas. Para nascer com fenilcetonúria, um bebê tem que ter herdado o gene da fenilcetonúria de ambos os pais. Frequentemente, os pais não sabem que carregam o gene. Quando comemos alimentos que contêm proteínas, as enzimas digestivas quebram essas substâncias em aminoácidos, que são necessários para formarmos novas proteínas para o nosso corpo através de outras enzimas....

Como ocorre o desenvolvimento de diabetes tipo 1 e 2 no organismo humano?

O diabetes tipo 1 ocorre porque o organismo não consegue produzir insulina, um hormônio que é necessário para controlar a quantidade de glicose (açúcar) no sangue. Normalmente, a insulina é produzida pelo pâncreas para levar a glicose da corrente sanguínea para dentro das células, onde ela é quebrada para produzir energia. Nos portadores de diabetes, isto não ocorre. A causa exata do diabetes tipo 1 não está completamente entendida, contudo, na maior parte dos casos acredita-se que se trata de um problema auto-imune....

Pacientes com hipoglicemia terão mais facilidade de desenvolver diabetes?

Nosso organismo possui um complexo sistema de manutenção da chamada homeostase, isto é, das condições normais de funcionamento do corpo, entre elas a pressão arterial, a temperatura corporal e o nível de determinadas substâncias, como a glicose. Assim, é muito raro que pessoas sadias desenvolvam sintomas de hipoglicemia. Mesmo em situações de jejum prolongado, geramos glicose a partir de nossas próprias células, mantendo-a em um nível mínimo graças a ação de hormônios....

Para o tratamento de pacientes com intolerância à lactose, existe alguma fórmula de lactase superior?

Foi encontrado um único estudo que comparou diferentes preparações orais de lactase para o uso em pacientes adultos com intolerância à lactose. As preparações estudadas foram: Lactaid®, Lactrase® e Dairy Ease®. Apenas Lactaid® reduziu a excreção de hidrogênio expirado (indicativo de melhora da digestão da lactose), sem, no entanto ter qualquer efeito sobre a redução dos sintomas. Lactrase® and Dairy Ease® tiveram influência sobre os sintomas, mesmo sem terem reduzido a excreção de hidrogênio expirado....

Qual a importância do exercício físico para os diabéticos?

A prática regular de exercício físico por portadores de diabetes demonstrou, em diversos estudos, melhorar o controle glicêmico, reduzir os fatores de risco cardiovascular, contribuir para a perda de peso e aumentar o bem estar. Em pessoas com diabetes tipo 1, o exercício físico tem um efeito benéfico inclusive sobre a expectativa de vida. Além disso, pode prevenir o diabetes tipo 2 em pessoas com alto risco para essa doença....

Quais as orientações de enfermagem que podemos oferecer a uma mãe nos casos de intolerância a lactose e galactosemia?

Galactosemia clássica e uma doença metabólica hereditária caracterizada pela deficiência de galactose-1-fosfato uridiltransferase, que provoca deterioração neurológica progressiva, cataratas e alterações nos aparelhos digestivo e renal. Diagnóstico O rastreio sistemático neonatal deveria permitir a identificação de todos os possíveis doentes com galactosemia clássica para confirmação do diagnóstico precoce de modo a evitar sequelas no recém-nascido. Os métodos usados no diagnostico da galactosemia clássica, incluem: i) pesquisa de substancias redutoras na urina, que tem a desvantagem de a galactose poder desaparecer entre 8-12 h apos ser eliminada da dieta; ii) teste de rastreio neonatal que detecta galactose total; iii) teste de Beutler para actividade de GALT; determinação de galactitol ou galactose-1-fosfato por espectrometria de massa em tandem; iv) caracterização molecular para identificação de mutações no gene GALT....