Quais anti-hipertensivos podem ser utilizados na gestação?

O tratamento farmacológico inicial de escolha para hipertensão na gestação é feito com Metildopa, pois é a droga mais estudada e sem efeitos adversos para o feto. A dose inicial é de 250 mg, 2 a 3 vezes ao dia, aumentando a cada 2 dias conforme necessário, utilizar até de 6 em 6 horas (dose máxima de 3000 mg/dia). As contraindicações são hipersensibilidade, doença hepática ativa e uso concomitante com inibidores da Monoamina Oxidase (MAO)....

Quais sinais e sintomas deve-se atentar para o reconhecimento de uma eclampsia?

O reconhecimento de uma eclâmpsia é a presença de convulsões em uma gestante com diagnóstico prévio de Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) e proteinúria, na ausência de outras causas.(1,2) A DHEG, ou pré-eclampsia, é uma das complicações mais frequentes da gravidez. Ela é definida como o desenvolvimento de hipertensão (pressão arterial sistólica >140mmhg ou diastólica >90mmhg) e proteinúria (300mg ou mais de proteína em urina de 24h), após 20 semanas de gestação, em gestante previamente normotensa....

Qual o papel do médico e da equipe de APS no manejo dos casos de pré-eclampsia?

O manejo dos casos de gestantes com pré-eclampsia é variável, a depender da gravidade do quadro clínico e da idade gestacional. Em todas as situações de pré-eclampsia a gestante deverá ser acompanhada conjuntamente em pré-natal de alto risco. Há situações em que também é necessário a hospitalização e, em casos de extremo risco de vida, a gestação deve ser interrompida. Não há uma terapêutica que seja considerada a melhor para a pré-eclampsia, doença que pode ocorrer em diversos momentos do ciclo gravídico-puerperal....

Há indicação do uso de ácido acetil salicílico (AAS) para gestantes com risco de pré-eclâmpsia?

O uso de ácido acetil salicílico (AAS) em baixas doses é recomendado para gestantes de alto risco para pré-eclâmpsia (grau de evidência A) 1 por reduzir em 17% a incidência de pré-eclâmpsia e em 14% a morte fetal ou neonatal. A dose recomendada é de 60 a 150mg (dose baixa) iniciada entre 12 e 28 semanas de gestação2. A identificação precoce de pacientes com risco para pré-eclâmpsia através de fatores de risco ou testes preditores, pode auxiliar na instituição de medidas preventivas com fim de evitar ou retardar a apresentação da doença ou ainda reduzir sua gravidade....