Os testes rápidos para sífilis são considerados testes treponêmicos, pois envolvem a detecção de anticorpos antitreponêmicos específicos no sangue (1,2). Desta forma, em pacientes já tratadas para sífilis, estes testes permanecerão reagentes praticamente pelo resto da vida, o que limita seu uso nestas condições (2). Frente à possibilidade de recidivas ou reinfecções, a execução do VDRL quantitativo é preferível, pois seus títulos correlacionam-se diretamente com a atividade da doença (2). Casos de VDRL reagente e teste rápido para sífilis também reagente podem significar sífilis ativa, latente ou tratada (1). A diferenciação dependerá da história clínica/epidemiológica e da titulação dos anticorpos obtidos com o VDRL quantitativo. Porém, se nesta mesma condição, o VDRL apresentar-se não reagente, pode-se estar diante de um caso de sífilis primária (com possível cancro) ou sífilis tratada, situações que deverão ser avaliadas pelo médico através do exame clínico e da história da paciente (1). Na impossibilidade de se realizar teste confirmatório em tempo hábil, e a história passada de tratamento não puder ser resgatada, considerar o resultado positivo em qualquer titulação como sífilis em atividade. O tratamento será instituído imediatamente à mulher e a seu(s) parceiro(s) sexual(ais) na dosagem e periodicidade adequadas correspondente a sífilis tardia latente de tempo indeterminado (3).
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/como-proceder-diante-de-uma-gestante-com-teste-rapido-para-sifilis-reagente-e-historico-previo-de-sifilis-tratada/ (via RSS)