Os pacientes de uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) apresentando lesões orais de sífilis devem ser tratados dando prioridade às lesões dos tecidos da mucosa oral, deixando o tratamento dentário para um segundo tempo, a não ser que o mesmo apresente sintomatologia de dor odontogênica (1). A preocupação durante o atendimento a pacientes portadores da sífilis reside no fato de que as DST possibilitam um envolvimento oral considerável. Todas as formas de DST são contagiosas e podem contaminar os instrumentos odontológicos, resultando em infecção acidental de outros pacientes ou mesmo do cirurgião dentista. As lesões secundárias mais frequentes da boca incluem: máculas sifilíticas – lesões maculares que aparecem no palato duro e manifestam-se como lesões vermelhas, firmes, ligeiramente elevadas; pápulas sifilíticas – são lesões raras que se manifestam nódulos arredondados firmes, vermelhos, com centro ulcerado acinzentado geralmente na mucosa jugal ou comissuras; placas mucosas – as descrições são variadas e incluem erosões ou úlceras rasas recobertas por um exsudato mucoso acinzentado e bordos eritematosos. Podem aparecer em qualquer parte da boca. Estas lesões podem coalescer formando lesões serpentiformes ou às vezes já aparecem com este aspecto (2). O tratamento da sífilis necessita de avaliação individual e de uma abordagem terapêutica individualizada. O tratamento de eleição é a penicilina. A dose e o esquema de administração variam de acordo com a fase da doença, envolvimento neurológico e estado imunológico do paciente. Para pacientes com alergia comprovada à penicilina, a doxiciclina é a segunda linha de tratamento, embora tetraciclina, eritromicina e ceftriaxona também tenham demonstrado atividade antitreponêmica (3).
Fonte: https://aps.bvs.br/aps/quais-os-cuidados-para-o-tratamento-odontologico-de-pacientes-com-sifilis/ (via RSS)